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Bicicletas vs. carros: um duelo sem sentido
Por Inês de Sousa Real. O caminho só pode ser um: a diminuição do número de carros que entram e circulam diariamente na cidade e a promoção de uma rede integrada de transportes públicos e de meios de mobilidade suave. Neste Dia Mundial da Bicicleta é quase impossível não abordar a dicotomia bicicletas vs. carros que se instalou em Lisboa. Um duelo que temos visto crescer e que polariza algo que não deve ser polarizado – a procura por uma qualidade de vida melhor, com menos poluição, menos trânsito, mais saúde e mais tempo para viver.
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Vamos aos factos: os benefícios que a mobilidade suave tem para as cidades são inegáveis, nomeadamente em Lisboa, onde se estimava que, antes da pandemia, circulassem por dia meio milhão de carros. Aliás, em 2019 os condutores de Lisboa perderam, em média, 136 horas no trânsito, o equivalente a mais de cinco dias e meio! Mas os números não se ficam por aqui: segundo a Agência Europeia para o Ambiente, 99% da população urbana da União Europeia está exposta a níveis de ozono acima dos valores recomendados pela Organização Mundial da Saúde e em Portugal a poluição do ar causa cerca de seis mil mortes por ano. Estima-se ainda que a poluição atmosférica custe anualmente a Lisboa 635 milhões de euros.
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- Veículo: Público
- Data de publicação original: 03/06/2021
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