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Mais mulheres em bicicletas: uma política de transporte urbano a favor da saúde e da igualdade

A bicicleta é uma alternativa de locomoção com grandes benefícios para a saúde física e mental. Ademais, ajuda a melhorar os indicadores urbanos e ambientais. Embora seja um meio de transporte cada vez mais popular em cidades da região, como Bogotá, ainda é mais comum ver homens pedalando que mulheres, devido aos riscos que impedem que mais mulheres optem pela bicicleta como meio de transporte. De acordo com a Prefeitura de Bogotá, atualmente apenas 24% das viagens que são feitas de bicicleta na cidade são realizadas por mulheres. Lorena Nieto mora na capital colombiana e seu único meio de transporte é a bicicleta. Ela ainda lembra o dia em que foi vítima de violência nas ruas: “Foi horrível. Fiquei em estado de choque. Não soube o que fazer. Muitas mulheres são violentadas quando andam em bicicleta”.

O assédio, o abuso, a falta de segurança nas estradas, a pouca infraestrutura em relação às ciclovias e à iluminação pública, entre outros, são alguns dos desafios que enfrentam diariamente as mulheres que andam em bicicleta que têm consequências para a saúde física e mental delas. Desde 2017, a iniciativa “Curvas en Bici” se dedica a ajudar as mulheres a superar esses obstáculos. Através de “experiências de bicicleta”, ela promove o uso da bicicleta pelas mulheres. “Nos reunimos em pontos estratégicos e fazemos passeios os domingos na ciclovia de Bogotá ou a nível municipal. Percorremos entre 30 e 50 quilômetros e também fazemos oficinas de mecânica básica”, diz Ángela Sánchez, fundadora de “Curvas en Bici”. “Estes encontros criaram uma rede de apoio e cada vez que algo acontece: um roubo, um abuso, algum tipo de violência; o comunicamos entre nós e, enquanto comunidade, nos damos apoio antes de ativar as linhas de emergência”, diz Sánchez, de 27 anos. Esta iniciativa conta atualmente com 450 mulheres inscritas de 20 localidades de Bogotá.

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