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Por que cobrar pelo uso dos carros é solução justa e inteligente para a mobilidade sustentável

Por Luis Antonio Lindau, Cristina Albuquerque, Guillermo Petzhold e Fernando Corrêa.

Usar o carro é uma escolha individual que gera muitos prejuízos coletivos (foto: Nelson Antoine/Shutterstock)
Por décadas, carros têm sido associados a uma promessa de praticidade, autonomia e conforto. Do ponto de vista individual, pode até ser verdade. Mas a priorização do automóvel no desenho das cidades torna a mobilidade urbana ineficiente e fomenta a desigualdade ao privar grande parte da população do acesso a oportunidades. Usar o carro é uma escolha individual que gera muitos prejuízos coletivos. Cobrar pelos custos sociais dessa escolha é uma forma promissora de desestimulá-la e, ao mesmo tempo, gerar recursos para investir na mobilidade sustentável.

Carros passam 95% do tempo estacionados – muitas vezes nas vias, consumindo espaço público precioso. Em São Paulo, uma das cidades mais congestionadas do planeta, carros ocupam 88% das vias e transportam somente 30% das pessoas. Parece loucura que tantas pessoas sigam sonhando em comprar carros – em 2020, era uma intenção de 45% dos brasileiros.

Qual a alternativa? O transporte coletivo, a bicicleta e a caminhada. Mas, apesar da centralidade dos modos coletivos e ativos nos deslocamentos urbanos no Brasil (39% dos deslocamentos são realizados a pé e 28% por transporte coletivo), investe-se muito mais em infraestruturas e incentivos para o transporte individual motorizado do que na mobilidade sustentável. Enquanto isso, o transporte coletivo atravessa uma crise financeira que ameaça a continuidade do serviço em muitas cidades.

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