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Não se mexe no espaço de carros

Por Renata Falzoni.

Se no passado as calçadas eram inexistentes, desconectadas, e os ciclistas eram obrigados a dividir o espaço com motoristas velozes e inconsequentes, hoje existe um esforço tímido para conectar as rotas dos que vão a pé, com faixas de pedestres e calçadas, ainda que precárias. Já no caso da mobilidade em bicicleta, o plano cicloviário, que foi elaborado em 2016 com participação dos ciclistas e da população em audiências públicas junto com a prefeitura, hoje encontra-se negligenciado. O processo está lento e com pouco foco nas conexões entre as ciclovias.

Ciclistas voluntários, que ajudam a prefeitura na Câmara Temática da Bicicleta, são testemunhas da enorme dificuldade que os profissionais encarregados de construir calçadas e ciclovias sofrem para melhorar a mobilidade na capital paulista. A regra única que eles enfrentam diariamente, ainda que no bastidor, é: ‘Não se mexe no espaço dos carros’. Espaço dos automóveis é um tabu dentro da secretaria de mobilidade.

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