Mobilidade urbana ativa: o que é e benefícios para a saúde

O assunto mobilidade urbana ativa floresceu nos últimos anos e agora, com a progressiva mudança de hábitos em função da pandemia, promete gerar uma verdadeira revolução urbana. Convidei um grande aficionado por ciclismo, o cardiologista e médico do esporte em Marconi Gomes da Silva, para comentar o tema:

“A existência de condições adequadas para a mobilidade das pessoas é um fator determinante para que as cidades cumpram o seu importante papel nas relações de troca de bens e serviços, cultura e conhecimento entre os cidadãos. As pessoas deixaram de se movimentar e realizar exercícios físicos como parte dos deslocamentos do dia a dia, seja em função do uso excessivo do carro ou devido ao pouco acesso a alternativas de transporte que estimulem a atividade física.

A mobilidade urbana ativa é uma forma de deslocamento não motorizado, baseado na propulsão humana. No Brasil, os meios de transporte ativos mais utilizados são a caminhada, bicicleta, triciclos, patins, skates, patinetes não elétricos e cadeiras de rodas.

Dados do ministério da Saúde mostram que 49% dos brasileiros estão insuficientemente ativos e 15% foram considerados inativos, ou seja, não praticam nenhum minuto sequer de exercícios físicos na intensidade recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Para um adulto ter benefícios para a saúde e ser considerado fisicamente ativo, a recomendação é de pelo menos 150 minutos semanais de exercícios físicos em intensidade moderada ou 75 minutos de exercícios de alta intensidade. Dados científicos recentes mostram que essa recomendação da OMS, quando transposta para a mobilidade urbana, equivale a 100 minutos de ciclismo urbano ou 170 minutos de caminhada.

As políticas e regulamentos de planejamento urbano e de transporte podem influenciar a localização de destinos essenciais das atividades diárias das pessoas (como lojas, ambientes de trabalho e estudo, locais de recreação e socialização) e a facilidade com que esses espaços podem ser alcançados por meio da mobilidade ativa e uso do transporte público. Estamos no melhor momento para a revolução da mobilidade urbana nas cidades, evitando as aglomerações inevitáveis do transporte coletivo e estimulando as atividades físicas sadias, como as caminhadas e uso de bicicleta, num verdadeiro programa antissedentarismo”.

Afinal, como diz o Dr. Marconi, movimento é vida e vida pede movimento.

* As informações e opiniões emitidas neste texto são de inteira responsabilidade do autor, não correspondendo, necessariamente, ao ponto de vista do ge / EuAtleta.com.

[... continue a leitura na Publicação Original]

Publicação original

Para resguardar os direitos autorais da autoria, leia o restante da matéria e acesse os créditos do texto e da imagem/fotografia na publicação original:

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *