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Pedalar não é perigoso, o perigo reside em compartilhar as vias liberadas a motoristas velozes e furiosos
Por Renata Falzoni.
Maio Amarelo é o mês daquele festival de campanhas, focadas em repetir regrinhas de boas maneiras estilo, “pedestre atravesse na sua faixa”, “motorista use cinto de segurança”, “motociclista use capacete”.
O principal motivo dessas campanhas terem um baixo efeito na segurança de trânsito, é que ao não focarem no sistema como um todo, ao não tocar diretamente na emoção dos atores do trânsito, ao não estarem associadas a mudanças estruturais nas ruas, elas não provocam empatia e não mudam o comportamento das pessoas. Elas são mais um ruído inócuo no dia a dia do cidadão, seus resultados são pífios e efêmeros.
O Brasil já foi destaque mundial pelo combate ao tabagismo, pelas políticas públicas de prevenção da AIDS, por atingir metas de vacinação e por ter o SUS como instrumento de acesso universal da população à saúde. Mas, existe uma outra face dessa moeda: O Brasil é campeão de mortes evitáveis pela pandemia, e nunca teve o título mundial de top 3 de mortes e lesões no trânsito ameaçado. São mais de 45 mil vidas por ano, com prejuízo calculado de 50 bilhões de reais por ano.
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- Veículo: Tembici
- Data de publicação original: 11/05/2023
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