Série Vamos de Bicicleta.

Conhecer novos lugares é sempre uma experiência marcante. E uma viagem pode ficar ainda mais interessante se for feita de bicicleta! Algumas pessoas gostam de pedalar longas distâncias, com os pertences organizados em alforjes pendurados na bike. Outras, preferem fazer pedais mais curtos para conhecer uma determinada região ou cidade.

O ciclista Ênio Paipa, de Recife, pratica cicloturismo desde 2010. Ele conta que já pedalou mais de 19 mil quilômetros pela América do Sul. A última viagem precisou ser interrompida por causa da pandemia da covid-19. Mas o ciclista pretende voltar para a estrada assim que possível. Ênio conta que o trecho que ele pedalou entre Recife e Fortaleza, viajando na beira do mar, foi uma aventura inesquecível.

“A viagem foi quase 80% pela areia da praia, pedalando enquanto estava com a maré baixa, na lua cheia. Então, eu acho que esses roteiros litorâneos no Nordeste, eles são incríveis pra quem quer ter esse contato direto com areia de praia. Muito além das comidas e dos locais lindos que eu passei, eu acho que as pessoas é que vão fazendo sentido, no caminho que você vai percorrendo de bicicleta”.

Assim como Ênio, a comunicadora de turismo Érica Ceciliato também precisou interromper uma cicloviagem longa por causa da pandemia e já está ansiosa para retomar o projeto. A moradora de Santos, no litoral de São Paulo, planejava dar uma volta completa pela América do Sul e já havia pedalado 7 mil quilômetros em doze meses.

Para Érica, a bicicleta permite que o viajante se sinta mais próximo das pessoas e dos lugares por onde passa.

“Você vai numa velocidade que te permite ter contato com pessoas, saudar as pessoas nas estradas, nas casas. Tem aquele ponto que você olha e fala: nossa, que lugar bonito, deixa eu ficar um pouquinho aqui. Para e fica, sem problema nenhum. Esse é o grande diferencial: o contato com a natureza, com o ambiente, com as pessoas, com as culturas. E a velocidade daquela forma que você se permite observar, numa visão muito ampla”.

Henrique Vargas é guia de turismo na região da Chapada dos Veadeiros, Goiás. Ele conta que o local é ideal para a prática do cicloturismo de aventura, com roteiros para iniciantes e experientes. 

“Uma área de preservação ambiental que tem muitas nascentes de rio. Aqui tem uma biodiversidade imensa. Então, você pedala e é possível ver araras canindés passando, tucanos, além de muitos cristais no chão. Aqui tem o contexto histórico do garimpo de cristais. Pontos turísticos famosos, a gente tem o Morro da Baleia, Morro do Buracão, Pouso Alto. Então, o cenário é fascinante”.

O Brasil é um país gigante, e com uma variedade enorme de opções para o cicloturismo. Rotas como o Vale Europeu, em Santa Catarina, e o Caminho da Fé, entre São Paulo e Minas Gerais — além de destinos como a Chapada Diamantina, na Bahia, e o Vale dos Vinhedos, no Rio Grande do Sul — são alguns exemplos de viagens para se fazer sobre duas rodas.

Se você tem vontade de viajar de bicicleta, a dica é pegar leve no início: um passeio pela região onde você mora já pode ser um bom começo.

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PUBLICAÇÃO ORIGINAL
Acesse os créditos do texto e da imagem/fotografia na publicação original:

• Veículo: Agência Brasil
• Data de publicação original: 20/08/2021
• Endereço: https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2021-08/vamos-de-bicicleta-cicloturismo-cresce-no-pais-com-diferentes-opcoes