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Macromobilidade
Por Gláucia Pereira.
Horace Dediu, empresário estadunidense, cunhou o termo micromobilidade pela primeira vez em 2017 no Tech Festival, em Copenhagem. Com isso, entendia que o conceito articulava novos modos ativos de transporte a modos já consolidados de “pequeno porte” como a bicicleta e as viagens a pé. A ideia central é a de que os veículos da micromobilidade atendam a três características: pesem menos que 500kg, sejam utilizados como meio de transporte e sejam acionados por propulsão humana ou motores elétricos. Além, é claro, de serem não poluentes.
O objetivo deste texto é problematizar o uso do prefixo “micro” para se falar de bicicleta. A pesagem é problemática porque está referenciada nos automóveis. Por que o peso dos modos tem de ser de até 500kg se as motocicletas, por exemplo, pesam cerca de 1/3 disso? Assim como em várias situações cotidianas e políticas públicas relacionadas à mobilidade urbana, há toda uma estrutura que favorece os automóveis e seus condutores em detrimento de outros atores da mobilidade, configurando o que chamamos como carrocracia. Dessa forma, o termo “micro” subordina a bicicleta ao automóvel mais uma vez.
Publicação original
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- Veículo: UCB - União de Ciclistas do Brasil
- Data de publicação original: 26/05/2021
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