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Tem espaço para bicicleta nas grandes cidades nordestinas?

Para moradores de grandes centros urbanos, o deslocamento cotidiano para trabalho ou estudo gera estresses com a perda de tempo, de grana e até mesmo de saúde física e mental. A construção de uma mobilidade desigual atinge diretamente o acesso às oportunidades e a possibilidade de ascensão social quando falamos de uma população com menor renda, que depende de metrô, trem e ônibus, ou de ruas com calçadas adequadas ou infraestrutura cicloviária. Problemas urbanos, do trânsito nosso de cada dia, comprometem a qualidade de vida e faz muitas pessoas se questionarem se de fato vale a pena morar nas maiores cidades do Nordeste. O Censo de 2022 mostrou que metrópoles como Fortaleza, Recife e Salvador perderam moradores nos últimos anos, com destaque para a capital baiana que diminuiu em 9,6% em comparação ao censo de 2010.

O Plano Nacional de Mobilidade de 2012 fala em “prioridade dos modos de transportes não motorizados sobre os motorizados” e “dos serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado”. Mas essa prioridade não se materializa nos incentivos políticos. No primeiro semestre deste ano, a indústria automobilística se fortaleceu com um desconto do Governo Federal para compra de carros. Já em agosto de 2023 um novo Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) foi lançado, destinando 349 bilhões de reais para o “transporte eficiente e sustentável”. A mobilidade ativa (não motorizada) não foi incluída. O dinheiro vai para rodovias, ferrovias, portos, aeroportos e hidrovias do País.

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