Economia | Jornalismo | Mercado | Políticas Públicas | Reforma Tributária | tributos
Impostos da bicicleta diminuirão com a Reforma Tributária, explica Rodrigo Orair do Ministério da Fazenda
Juntamente com George Queiroz (Canal BicicleteirosBr e Pedalula) entrevistei o diretor da Secretaria Extraordinária da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Rodrigo Orair, que trabalha diretamente com o secretário, Bernard Appy, na equipe do ministro Fernando Haddad.
Ele nos cedeu o tempo para explicar a situação da bicicleta na Reforma Tributária. “A oficina de bicicleta no Simples vai continuar do jeito que é hoje, sem aumento de alíquota”. Garantiu.
A entrevista foi muito didática, inclusive para quem não tem nada a ver com o setor de bicicletas, não entende de tributos, mas quer estar atualizada sobre essa iniciativa do Governo Lula de modernizar o sistema de impostos do Brasil, para ficar alinhado às melhores práticas internacionais.
Em geral, aquilo que é atualmente cobrado de Imposto de Produtos Industrializados (IPI), PIS/Cofins (impostos sociais), ICMS (imposto estadual) e ISS (municipal) será transformado no Imposto de Valor Adicionado (IVA), composto por dois impostos: o CBS (Contribuição sobre Bens e Serviços) e o IBS (Imposto sobre Bens e Serviços). Isso vai dar transparência para a destinação da arrecadação, que hoje é uma “bagunça”.
Ele afirma que aquilo que você vir na Nota Fiscal após a conclusão da reforma, que começa a ser implantada paulatinamente a partir de 2027, depois de um ano de testes, será aquilo mesmo. Tal como já é no Simples Nacional. Hoje, todavia, os valores apresentados nas notas fiscais são “fictícios”. Falou ainda que é possível, após a reforma, instituir mecanismos para incentivar o uso da bicicleta a partir de políticas públicas, usando por exemplo o cashback, que devolveria o imposto pago para o consumidor final.
Ele disse ainda que essa uniformização de impostos pode trazer a carga de tributos da bicicleta para algo em torno de 25%., ou seja, vai baratear as bicicletas.
Ressaltou ainda que “nunca” a bicicleta esteve na iminência de ser sobretaxada por figurar inicialmente no Imposto Seletivo, por ser um dos itens fabricados na Zona Franca de Manaus, o que permite um benefício fiscal para as indústrias desse polo, que precisa ser contemplado de alguma forma. “Não existe qualquer possibilidade de aumentar a carga tributária em função desta reforma“.
Ele explica como fica essa questão na entrevista que você também pode assistir no YouTube
Publicação original
Para resguardar os direitos autorais da autoria, leia o restante da matéria e acesse os créditos do texto e da imagem/fotografia na publicação original:
- Veículo: Jornal Bicicleta
- Data de publicação original: 28/11/2023
- Endereço: Clique para acessar