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E-Bikes têm potencial para substituir até 50% das viagens de carro

Utilização de bicicletas nas grandes cidades reduziria as emissões de dióxido de carbono (CO2) em até 30 milhões de toneladas por ano

 

São Paulo, novembro de 2024 – Um estudo realizado na Inglaterra sobre os benefícios ambientais proporcionados pela utilização de bicicletas no trânsito indicou que se as e-bikes substituíssem os carros, elas seriam responsáveis por uma redução de até 50% nas emissões de dióxido de carbono (CO2) dos automóveis (cerca de 30 milhões de toneladas por ano). O estudo afirma ainda que caminhar ou pedalar tem potencial para substituir 41% das viagens curtas de carro, gerando uma redução de cerca de 5% das emissões de CO2eq (equivalente de dióxido de carbono) na atmosfera.

Para David Peterle, diretor da Oggi Bikes, o uso de bicicletas no ambiente urbano está associado a aspectos culturais, sociais, geográficos e governamentais – sobretudo relacionados  à infraestrutura oferecida pela cidade.

Esses aspectos são mais prevalentes nas cidades de países desenvolvidos, como Utrecht (Países Baixos), Munster (Alemanha), Antuérpia (Bélgica), Copenhague (Dinamarca) e Amsterdã (Países Baixos). “Por outro lado, países em desenvolvimento enfrentam mais dificuldades para aumentar o uso de bicicletas devido à cultura voltada para automóveis, falta de infraestrutura e iniciativas políticas”, afirma o executivo.

Ele destaca que os Países Baixos e a Dinamarca, por exemplo, já estão colhendo resultados significativos de iniciativas que incentivam o uso de bikes no trânsito. Segundo ele, são lugares onde até 36% da população utiliza bicicletas como principal meio de transporte.

“O caminho para uma mobilidade urbana mais sustentável passa pela criação de uma infraestrutura moderna e acessível para ciclistas. Ciclovias, estações de recarga para e-bikes e programas de compartilhamento de bicicletas são apenas algumas soluções que podem transformar a forma como nos deslocamos nas cidades “, diz ele, lembrando que além de ser muito positivo para o meio ambiente, essas iniciativas aliviam o trânsito.

Em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, onde as distâncias são médias e longas, as e-bikes surgem como a melhor opção. Uma pesquisa realizada em oito cidades dos EUA quantificou a redução de emissões de gases de efeito estufa por sistemas de compartilhamento de bicicletas. O autor considerou fatores como distância da viagem, propósito, horário de início, acessibilidade ao transporte público e escolhas históricas de modo de transporte.

Os resultados indicaram que a redução anual de emissões de gases de efeito estufa variou de 41 toneladas de CO2eq (Seattle) a 5417 toneladas de CO2eq (Nova York), enquanto a redução por viagem variou de 283 a 581g de CO2eq.

Peterle salienta que a mobilidade sustentável é uma meta crescente para diversos países, mas é necessário encontrar formas de promovê-la. Um bom exemplo mencionado por ele é o projeto U-Bike, desenvolvido pelo governo de Portugal.

Lá, o Instituto Politécnico de Bragança (IPB) é uma das 15 instituições de ensino superior que participam da iniciativa, tendo recebido as primeiras bicicletas em março de 2018. “Desde então, as chamadas IPBikes estão disponíveis para qualquer membro da comunidade acadêmica, incluindo professores, pesquisadores, estudantes e funcionários. O processo de adesão é simples e as bicicletas são alocadas com base em critérios como o número de quilômetros percorridos e o tempo de utilização solicitado”, explica David Peterle.

Com uma demanda que supera a oferta de bicicletas, o projeto U-Bike adota regras de classificação para garantir que as bicicletas sejam destinadas a quem as utilizará de maneira mais eficiente. Os usuários que se comprometem a substituir o transporte motorizado por distâncias maiores e por um período de uso mais longo recebem prioridade. “É uma iniciativa que busca não apenas reduzir as emissões de carbono, mas também integrar o ciclismo às rotinas acadêmicas e profissionais, promovendo uma mobilidade mais saudável e sustentável para as futuras gerações. E por que não criar projetos assim em cidades brasileiras? Temos tudo para sermos referência em projetos de e-Bike”, finaliza o diretor da Oggi Bikes.

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Notícia enviada pela Assessoria de Imprensa da Oggi Bikes em 21/11/2024.

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