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Dia Mundial Sem Carro: entenda a data, celebrada no próximo dia 22

Por Felipe Alves

Na área da mobilidade, como em qualquer outra, existem as datas comemorativas, com diferentes motivos ou motivações
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A data da invenção da bicicleta – 12/06/1817 – também é lembrada. Há até uma história curiosa sobre 19/04 ser considerado o Dia da Bicicleta por causa da experiência do químico Albert Hofmann, que experimentou LSD e fez um famoso e lisérgico passeio de bicicleta nesta data, em 1943. Mas a data mais famosa é a da próxima semana: o Dia Mundial Sem Carro – DMSC, celebrado em 22/09.

Foi criada na França em 1997 e rapidamente adotada pelos mais diversos países, chamando de Semana da Mobilidade a semana que compreende a data, quando são celebrados diversos eventos alusivos. No Brasil, desde a criação do Código de Trânsito Brasileiro – CTB – em 1997, que foi promulgado na semana de setembro que contém o dia 22, se fala em Semana Nacional de Trânsito, nome pouco atraente e menos abrangente, mesmo que o CTB não cite o DMSC como justificativa para a semana.

A ideia da data é chamar a atenção da sociedade para a democratização do espaço público e a sustentabilidade ambiental, estimulando modos mais sustentáveis e tentando restringir os mais poluentes e inseguros. Prefeituras e organizações da sociedade civil – principalmente as cicloativistas – realizam diversas intervenções, como fechar ruas para carros e abrir para pessoas, implantações de “vagas vivas” (transformam espaço de estacionamento em área para pessoas, e podem ser consideradas precursoras dos parklets), ciclofaixas temporárias e desafios intermodais (diversos participantes fazendo o mesmo percurso em vários modos, para comparar a eficiência entre eles).

É uma excelente oportunidade para refletir, deixar o carro em casa, testar outros modos, e aproveitar melhor o espaço público.

 

Felipe Alves é engenheiro civil e atua com mobilidade urbana sustentável. Ex diretor da UCB – União de Ciclistas do Brasil, é coordenador do GT Infraestrutura da UCB e do projeto Ciclomapa (UCB e ITDP).

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Artigo de Opinião enviado pelo autor para publicação no Observatório da Bicicleta, publicado originalmente em Opinião Direto ao Ponto.

 

 

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