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Dia Mundial da Bicicleta: esquecido em São Paulo, celebrado em Fortaleza

É certo que este Dia Mundial da Bicicleta ainda é uma data ainda nova a ser celebrada. A primeira vez foi em 2018, poucos meses depois da Resolução 72/272 ser aprovada na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 12 de abril de 2018. A conquista foi obra do professor polonês, Leszek Sibilski, pesquisador do esporte, das mudanças climáticas e da adaptabilidade do ser humano.

Ele embarcou num projeto acadêmico para estudar o uso da bicicleta no desenvolvimento social e, para aprovar a data na ONU, conquistou o apoio da delegação do Turcomenistão e de outros 56 países-membros. A história é contada, em inglês, no site do Banco Mundial.

Mesmo assim, para uma cidade internacionalmente conhecida como São Paulo, não fazer nenhuma menção a este dia, é sinônimo de que esse transporte sustentável não está nas prioridades da gestão Ricardo Nunes (MDB). A agenda do prefeito não menciona nada sobre esta efeméride, tampouco os sites da Secretaria de Mobilidade ou da Companhia de Engenharia de Tráfego.

Se estivesse, não teria construído apenas 30 dos 300 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas. Esses trinta, por sinal, são parte dos 48 quilômetros de ciclovias contratadas com a Habitem em 2022. A ciclovia da Ponte Cidade Universitária e do Viaduto Bresser, por exemplo, são dessa leva, onde constam estrutura importantes para a ciclomobilidade, como as da Ponte do Jaguaré, da Radial Leste, da Ponte Freguesia do Ó, da Rua Alvarenga e em outros trechos que estão paralisados ou não iniciados.

Como se sabe, a prioridade do prefeito é construir mais uma grande avenida para carros andarem ao lado do Rio Pinheiros, sinalizar de azul os corredores para motociclistas acelerarem desimpedidos entre os carros parados no congestionamento – com a anuência da Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) – e gastar 3 bilhões de reais em asfalto.

CPTM guarda 65.300 bikes por mês

Das entidades públicas, quem surpreendeu foi a CPTM, estatal do Governo do Estado de São Paulo dos trens metropolitanos. Soltou uma nota exaltando a intermodalidade e trouxe números: em 2023, transportou 783.286 passageiros com bicicleta e guardou 65.300 bicicletas por mês nos 20 bicicletarios que opera nas estações, que possuem quase 6 mil vagas.

Segundo a nota da CPTM, há dois bicicletarios novos sendo construídos e outros dois em projetos. “Estão em andamento obras para a implantação de bicicletários nas estações Engenheiro Manoel Feio e Aracaré, da Linha 12-Safira. Na Estação Guaianases, o bicicletário está em fase de preparação de edital para a contratação das obras. Além disso, o projeto de reconstrução da Estação Itaquaquecetuba também inclui um espaço para bicicletas”.

Fortaleza não decepciona

A única capital brasileira que tem bicicleta como prioridade na mobilidade é a do Estado do Ceará. Fortaleza possui uma política pública eficiente de incentivo ao uso de bicicleta por possuir uma lei que transfere todo o dinheiro do estacionamento da Zona Azul para ser investido em ações cicloviárias.

Ela celebrou hoje a chegada das primeiras 50 bicicletas elétricas para serem usadas no sistema de bicicletas compartilhadas, Bicicletar.
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