Trends and patterns of workrelated cyclist fatalities in Brazil, 2014–2022
Tipo de publicação
Artigo
Curso ou área do conhecimento
Saúde do trabalhador
Veículo
Scientific Reports
Tipo de autoria
Instituição pública
Nome do autor
Cleber Cremonese
Língua
Inglês
Abrangência geográfica
Nacional
País
Brasil
Ano da publicação
2025
Palavra chave 1
Acidentes de trabalho
Palavra chave 2
Acidentes de trânsito
Palavra chave 3
Dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade
Palavra chave 4
Mortalidade de ciclistas
Palavra chave 5
Outra
Palavra chave 6
Registros na declaração de óbito
Descrição
As bicicletas são um meio de transporte comum em países com infraestrutura viária bem desenvolvida e com fiscalização efetiva das leis de trânsito. No Brasil, seu uso para atividades econômicas, especialmente em entregas por aplicativos, tem crescido significativamente. No entanto, as mortes de ciclistas relacionadas ao trabalho (WRCFs, na sigla em inglês) permanecem um problema de saúde pública pouco estudado.
Este estudo caracteriza as WRCFs entre indivíduos de 10 a 69 anos no Brasil, no período de 2014 a 2022, analisando tendências demográficas, ocupacionais, temporais e geográficas. Utilizando dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), foram examinados os óbitos classificados nos códigos V10–V19 da CID-10 (ciclista lesionado em acidentes de transporte). Calcularam-se a mortalidade proporcional, a idade média ao óbito (IMO), a mediana, o intervalo interquartil e os Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP).
Dos 6.590 óbitos relacionados a ciclistas, 272 (4,1%) foram confirmados como WRCFs. A maioria das vítimas era do sexo masculino (87,1%), com idades entre 29 e 58 anos (68,3%), branca (49,7%), com baixa escolaridade (< 12 anos de estudo, 82,4%) e solteira (45,9%). As mortes parecem concentrar-se nas regiões Sul e Sudeste (71%), sendo 61,3% decorrentes de colisões com veículos motorizados (códigos V13–V14 da CID-10). As maiores proporções de WRCFs ocorreram entre trabalhadores industriais (42%) e de comércio/vendas (30,9%).
A idade média ao óbito foi de 43,6 anos, com um total de 8.896,4 APVP. É importante destacar que a classificação de óbito relacionado ao trabalho estava ausente em 57% dos casos, o que evidencia a necessidade de melhorar o preenchimento das declarações de óbito no país. O aprimoramento da qualidade dos dados é essencial para compreender os riscos enfrentados por trabalhadores, muitos deles inseridos em empregos precários e informais, sem proteção social.