Renata Falzoni: bicicleta e caminhada em tempos de coronavírus

Tipo de publicação

Artigo

Curso ou área do conhecimento

Mobilidade urbana

Veículo

Mobilize

Tipo de autoria

Pessoa Física

Nome do autor

Marcos de Sousa/ Mobilize Brasil

Língua

Português

Abrangência geográfica

Nacional

País

Brasil

Ano da publicação

2020

Palavra chave 1

Coronavírus

Palavra chave 2

Pandemia

Palavra chave 3

Pedestres

Palavra chave 4

Planejamento

Palavra chave 5

Políticas Públicas

Descrição

Renata Falzoni: bicicleta e caminhada em tempos de coronavírus
Em vídeo, ela sugere mais facilidades para a circulação de bikes, patinetes e skates em trens, metrôs e ônibus, pelo menos durante a pandemia

Fonte: Renata Falzoni/ Bike é Legal | Autor: Texto: Marcos de Sousa/ Mobilize Brasil | Postado em: 24 de março de 2020

Renata Falzoni: bicicletas para crise do coronavír
Renata Falzoni: bicicletas para crise do coronavírus

créditos: Reprodução/Bike é Legal
Renata Falzoni dispensa apresentações: arquiteta, jornalista e cicloativista, ela divulgou nesta semana um vídeo do canal “Bike é Legal” para mostrar como a bicicleta está substituindo carros e transportes coletivos em cidades afetadas pelo coronavírus.

Uma delas é Bogotá, na Colômbia, exemplo já divulgado aqui pelo Mobilize. Assim que começou a pandemia, a prefeita Cláudia Lopes ampliou a rede de 550 km de ciclovias com mais 117 km de ciclofaixas temporárias. E proibiu a circulação de carros particulares na cidade. O objetivo é estimular o uso da bicicleta, reduzir a proximidade das pessoas dentro dos ônibus urbanos e reduzir a poluição atmosférica, que mata cerca de 2 mil pessoas por ano em Bogotá. Uma observação: em São Paulo, o número anual de mortos pela poluição passa de 4 mil.

Outro exemplo é a cidade de Nova York, onde cresceu extraordinariamente a venda de bikes nos últimos dias. Uma única bicicletaria vendeu todo seu estoque de 50 bicicletas em uma semana e a procura por bikes e mecânicos cresceu tanto que o prefeito Bill de Blasio incluiu as bicicletarias entre os serviços essenciais, que não devem ser fechados durante a quarentena.

Renata critica a suspensão do rodízio na cidade de São Paulo e lembra que os carros respondem por somente 30% dos deslocamentos diários na cidade. O restante das 42 milhões de viagens realizadas por dia na cidade são feitas em transporte coletivo, a pé, em bicicleta ou em uma combinação dos três modos. Desta forma, a suspensão do rodízio e a programada redução do transporte público irá prejudicar especialmente a população mais pobre, sobretudo as mulheres. Renata explica porque…

Intermodalidade
Ela defende que este seria o momento seria o ideal para a colocar em prática o conceito do transporte intermodal: manter a frota de trens e ônibus, talvez até ampliá-la, para permitir que os passageiros tenham viagens com folga, de maneira a garantir distância necessária entre as pessoas.

E, por fim, considerando as grandes distâncias percorridas diariamente pelas pessoas em capitais com Rio, São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre ou Salvador, permitir a circulação de bicicletas, patinetes, skates e outros equipamentos de mobilidade dentro dos trens e ônibus a qualquer hora do dia. A pessoa pode sair de casa, seguir pedalando (ou patinetando) até o terminal de transporte, tomar o transporte de massa e descer próximo ao destino, onde completa a viagem com a força das próprias pernas.

Resumo da ópera: Se puder, é melhor ficar em casa. Se tiver que sair, prefira ir sozinho, a pé ou de bicicleta. Melhor ainda se os prefeitos restringissem o uso de carros e ampliassem a integração entre bikes e transporte público. A cidade e a saúde pública ganhariam muito.

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