Quando as bicicletadas invadem as cidades: encontros e aprendizados
Tipo de publicação
Trabalho acadêmico (Dissertação de Mestrado)
Curso ou área do conhecimento
Educação
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
Machado, Fernanda Rachid
Língua
Português
Abrangência geográfica
Nacional
País
Brasil
Ano da publicação
2013
Palavra chave 1
Bicicletada
Palavra chave 2
Cicloativismo
Palavra chave 3
Direito à cidade
Palavra chave 4
Massa crítica
Descrição
As Bicicletadas também conhecidas como Massas Críticas, inspiradas no Critical Mass, são encontros mensais realizados em espaços públicos reunindo principalmente usuários da bicicleta como meio de transporte que lutam pelo direito à cidade. Este trabalho tem como objetivo compreender o fenômeno das bicicletas e Bicicletadas no Brasil a partir de contextos históricos sociais, ressaltando os aspectos políticos e pedagógicos que as constituem através do uso cotidiano e na participação nos coletivos. E, ainda, verificar os processos de auto aprendizado e aprendizagem coletiva emergentes, investigar as contribuições para a (trans)formação dos sujeitos e das cidades e fazer ecoar as vozes dos participantes das Bicicletadas. Caracteriza-se como uma pesquisa participante e etnográfica na medida em que são analisadas situações em contextos e períodos diversos a partir das vivências com o grupo. Para isso a pesquisa está dividida em duas partes, sendo a primeira uma análise ampla do movimento, a constituição nas cidades, a organização e razão de ser do grupo. A segunda, um estudo de caso sobre a Bicicletada na cidade de Brasília, onde são consideradas as falas, os produtos e ações do coletivo para a descrição dos processos pedagógicos, educacionais e de aprendizagem. Como recursos metodológicos foram realizadas uma roda de conversa com participantes das Bicicletadas de algumas cidades, análise documental da história desse movimento no Brasil e a observação participante. Dentre as conclusões obtidas destacam-se as Bicicletadas como espaços plurais constituídos de sujeitos singulares que tem em comum a utopia e a alegria para a realização dos encontros que são a própria práxis. Revela-se, portanto, uma educação emancipatória, em que os sujeitos têm a possibilidade de serem atores e autores das suas histórias e multiplicadores de atitudes de amor ao mundo.