Pedalar na Copa 2014 e nas Olimpíadas 2016 no Brasil?
Tipo de publicação
Relatório de Pesquisa
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
Rodrigo Duarte Ferrari e Veronica Piovani
Língua
Português
Abrangência geográfica
Nacional
País
Brasil
Ano da publicação
2016
Palavra chave 1
Copa
Palavra chave 2
Logística e transporte
Palavra chave 3
Olimpíadas
Descrição
Nos próximos anos, bilhões de olhares do mundo todo estarão voltados para a Copa do Mundo da FIFA 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 sediados no Brasil. Dois dos principais eventos esportivos e midiáticos do mundo acontecendo em território brasileiro numa mesma década, que já teve inscrita em sua história os jogos Pan Americanos de 2007 realizados no Rio de Janeiro, entre outros eventos esportivos com dimensões mundiais. Além da responsabilidade técnica-instrumental de organizar esses mega-eventos esportivos, principalmente no que diz respeito à infraestrura necessária para a realização desses jogos, o Brasil têm a oportunidade de demonstrar ao mundo que é um país sério, capaz de assumir e cumprir com suas obrigações e
responsabilidades sociais, ambientais, políticas, culturais e econômicas vinculadas a esse tipo de
empreendimento. Compromisso que se eleva diante da condição que se repete após a realização
do mundial de 2010, sediado na África do Sul, de países em desenvolvimento organizarem esses
eventos, cujos problemas socias como a miséria, a violência urbana e a fome ainda são feridas
sociais abertas, enquanto bilhões são investidos na construção de equipamentos esportivos.
Por enquanto, a única referencia mais próxima que se têm para problematizar esse
contexto no Brasil é a realização dos Jogos Pan Americanos do Rio de Janeiro em 2007, que em
grande parte pode servir como exemplo relativo para o que não deve ser repetido. Segundo Pires
(2009), o orçamento previsto para a realização desses jogos extrapolou em 800%, isso indica no
mínimo que o evento foi mal planejado e executado. Para piorar esse cenário, foram contratadas
obras sem licitações; faltou transparência nos processos de uso do dinheiro público; alguns
equipamentos esportivos se tornaram obsoletos logo após a realização do evento, outros estão
sem uso ou sendo subutilizados; muitas obras de infraestrutura que seriam contempladas no
projeto original nunca sairam do papel, como as medidas para despoluir a Baia de Guanabara.