O corpo político feminista sobre duas rodas: das ruas às redes

Tipo de publicação

Trabalho acadêmico (Dissertação de Mestrado)

Curso ou área do conhecimento

Sociologia

Tipo de autoria

Pessoa Física

Nome do autor

Tereza Rafaella Cordeiro Maciel

Língua

Português

Abrangência geográfica

Nacional

País

Brasil

Ano da publicação

2020

Palavra chave 1

Feminismo

Palavra chave 2

Gênero

Palavra chave 3

Mulher

Palavra chave 4

Mulheres

Descrição

O presente trabalho objetiva compreender, através das experiências de mulheres e suas práticas sociais de mobilidade urbana por bicicleta, quais as dinâmicas que compõem “os estilos de vida feminista” pautados sob o ativismo na e através da bicicleta na atualidade. A pesquisa privilegia a análise das experiências de violências, resistências e sororidades vivenciadas pelas mulheres “cicloativistas feministas” seja nos espaços públicos, nos âmbitos institucionais ou nas redes sociais digitais, entendendo que as dinâmicas que perfazem este movimento social interconectam-se nessas três dimensões. Para dar conta da análise, a pesquisa, de caráter qualitativo, baseia-se numa abordagem composta por três frentes de investigação em concomitância: (1) Uma análise sociológica feminista interseccional, apoiada numa literatura feminista branca, negra e latina em conjunto, que tem como objetivo ressaltar aspectos de gênero, raça, classe, sexualidade, localização geográfica, idade, cultura, etc. (2) Paralelo à esta perspectiva, soma-se uma investigação acerca da relação entre Corpo e Poder, tendo como referencial teórico autores como Judith Butler e Michel Foucault, juntamente com o uso do conceito de habitus de Bourdieu a fim de compreender mais especificamente como desenvolve- se o que denominamos de corpo político feminista sobre duas rodas e como esse corpo, a partir de então, adquire um estilo de vida ativista e um status de empoderamento quando da sua imposição nas ruas. (3) Por fim, também une-se aos dois processos teórico-metodológicos de investigação citados anteriormente, uma análise relacional entre realidades micro e macro, com destaque para um olhar mais apurado aos desdobramentos dos que estão às margens criando alternativas à realidade social apresentada. Para isso, tomamos como norte a teoria dos campos de Bourdieu e a perspectiva do conceito de cena de Bennett & Peterson (2004) para ter uma visão ampla do fenômeno nas dimensões local, translocal e transnacional/ virtual, esta última, por sua vez, sendo abordada de forma mais aprofundada, a partir do conceito de corpos ciborgues (HARAWAY, 2009), finalizando o ciclo com a perspectiva de formação do movimento por meio das redes.

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