Mulheres, mobilidade e direito à cidade: espacialidades e experiências cicloativistas
Tipo de publicação
Trabalho acadêmico (Tese de doutorado)
Curso ou área do conhecimento
Geografia
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
Roberta Raquel
Língua
Português
Abrangência geográfica
Nacional
País
Brasil
Ano da publicação
2020
Palavra chave 1
Cicloativismo
Palavra chave 2
Cidade
Palavra chave 3
Gênero
Palavra chave 4
Mobilidade por bicicleta
Palavra chave 5
Mulher
Palavra chave 6
Mulheres
Descrição
A mobilidade urbana é uma importante dimensão do direito à cidade, que deve ser
entendida não apenas como uma forma de deslocamento, mas também como uma
prática social e uma experiência espacial. Como tal, envolve desejos, necessidades e
possibilidades. Ao considerar que o espaço não é neutro, identifica-se que a
mobilidade entre mulheres e homens é desigual. Dessa forma, investigando mulheres
do movimento cicloativista, a presente tese objetivou compreender como as
experiências de mulheres cicloativistas, ao instituírem suas práticas de mobilidade, se
estabelecem como elementos de reivindicação do direito à cidade. Fundamentada na
geografia feminista, a metodologia na pesquisa envolveu duas etapas. A primeira
utilizou o método de análise de conteúdo de Laurence Bardin sobre entrevistas em
profundidade realizadas com um grupo de 17 mulheres de 15 associações
cicloativistas do Brasil. A segunda, por meio da ferramenta metodológica Relief Maps
de Maria Rodó-de-Zátare, se construiu com cinco mulheres cicloativistas da cidade de
São Paulo. A pesquisa identificou que as cidades se apresentam como espaços
generificados e excludentes para as mulheres, sendo o medo o principal sentimento
que limita o acesso à cidade. No entanto, constatou-se que o uso da bicicleta entre as
mulheres cicloativistas se mostra uma alternativa de combate ao medo e, ao mesmo
tempo, de apropriação do espaço público. A ação política dessas mulheres no
movimento cicloativista instrumentaliza suas experiências de mobilidade, pois elas se
utilizam de múltiplas experiências e estratégias corporais de uso e ocupação do
espaço.