Mulheres com bicicletas: entraves para o deslocamento em São Paulo

Tipo de publicação

Artigo

Curso ou área do conhecimento

Mobilidade urbana

Veículo

21º Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito

Tipo de autoria

Pessoa Física

Nome do autor

Marina Kohler Harkot ; Letícia Lindenberg Lemos ; Priscila Costa

Língua

Português

Abrangência geográfica

Municipal

País

Brasil

Estado

São Paulo

Município

São Paulo

Ano da publicação

2017

Palavra chave 1

Gênero

Palavra chave 2

Mobilidade ativa

Palavra chave 3

mobilidade urbana

Palavra chave 4

Mulher

Palavra chave 5

Sustentabilidade

Descrição

São poucas as pesquisas existentes que investigam o uso da bicicleta em São Paulo – e
ainda menos aquelas que se aprofundam especificamente no deslocamento das mulheres
da cidade. A Pesquisa Origem e Destino do Metrô de São Paulo, muito utilizada por aqueles
que investigam as viagens e os fluxos de mobilidade da cidade, além de ser o principal
instrumento de planejamento da rede de mobilidade da cidade, passou a mensurar as
viagens de bicicleta somente a partir da sua segunda edição, em 1977. De acordo com a
série histórica da pesquisa, apesar de ser baixa a proporção de viagens feitas em bicicleta
em comparação com o total de viagens diárias – este nunca ultrapassou 1% do total de
viagens na Região Metropolitana de São Paulo (LEMOS et al. 2017). Já as viagens feitas
por mulheres correspondem a espantosos 12% do total de viagens em bicicleta, de acordo
com a Pesquisa de Mobilidade 2012 (Metrô, 2012). Entretanto, constata-se um crescimento
constante tanto no crescimento do total de viagens quanto nas viagens femininas.
Apesar de ser a pesquisa que possui a maior abrangência territorial e série histórica da
Região Metropolitana de São Paulo, são diversas as críticas feitas em relação à sua
metodologia, que subdimensiona não apenas as viagens feitas em bicicleta – mas também
as viagens femininas (LEMOS et. al, op. cit.). A falta de dados específicos para análises do
uso da bicicleta fez com que a Ciclocidade – Associação dos Ciclistas Urbanos de São
Paulo – começasse a produzir seus próprios dados primários. Tal processo se deu na
esteira do fortalecimento do movimento cicloativista e dos momentos de aumento de diálogo
sobre a implementação de políticas direcionadas a esse modo com o poder público e com a
população. Tal estratégia buscou subsidiar as discussões sobre o tema e legitimar a
bicicleta como modo de transporte na cidade de São Paulo – em especial através das
contagens de ciclistas, método de pesquisa que consiste na contagem do fluxo de ciclistas
em determinada via durante um período de horas ao longo do dia. Idealmente, o método
deve ser repetido periodicamente a fim de verificar a evolução desse fluxo. A metodologia
pode, dessa maneira, fornecer maiores informações sobre a utilização da via e embasar
escolhas como a implantação de infraestrutura cicloviária ou acompanhar a evolução de seu
uso uma vez a infraestrutura implementada.

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