Mover-se na cidade: produção da identidade de lugar em ciclistas

Tipo de publicação

Trabalho acadêmico (Dissertação de Mestrado)

Curso ou área do conhecimento

Psicologia

Tipo de autoria

Pessoa Física

Nome do autor

Olekszechen, Nikolas

Língua

Português

Abrangência geográfica

Nacional

País

Brasil

Ano da publicação

2016

Palavra chave 1

IDENTIDADE DE LUGAR

Palavra chave 2

Sustentabilidade

Descrição

Em um mundo cada vez mais urbanizado, a circulação de bens e o ir e vir de pessoas dão o tom à vida nas cidades. Subsidiária da vida simbólica de seus moradores, elas se organizam como rede de lugares, admitindo-se a produção da identidade atrelada a esse espaço físico mesmo em tempos em que estar em movimento é uma condição. Aliada ao contexto de mobilidade, as dinâmicas urbanas se dão em movimento, demandando outras maneiras de compreender a relação das pessoas com seu entorno. No que tange ao deslocamento de pessoas, entende-se o uso da bicicleta como meio de transporte como um modo de produzir afecções e vínculos entre pessoa e cidade. Sob o enfoque da psicologia ambiental, analisaram-se as características da identidade de lugar em ciclistas, buscando explorar as características ambientais à sua disposição, descrever as barreiras e facilitadores para o uso da bicicleta, caracterizar a afetividade na relação do ciclista com a cidade e identificar os modos como essas pessoas se apropriam do espaço. Tratou-se de um estudo de natureza qualitativa, de caráter descritivo e exploratório e contou com a participação de dezoito pessoas. Os dados foram produzidos a partir de duas etapas de pesquisa. A primeira centrou-se na exploração do ambiente e dos aparelhos à disposição dos ciclistas no entorno da universidade, e a segunda no discurso dos ciclistas sobre sua relação com a cidade de Florianópolis, orientada por roteiro de entrevista semiestruturada e questionário desenvolvidos para os fins desta pesquisa. A organização dos dados pautou-se na análise de conteúdo, que possibilitou sintetizá-los em três categorias, compostas por subcategorias e elementos de análise. A primeira categoria tratou dos aspectos afetivos da relação entre ciclista-cidade e reuniu conteúdos sobre os sentimentos provocados, a imagem da cidade, a posição do ciclista no espaço, elementos da história pessoal, os encontros promovidos pela bicicleta e o que é ser ciclista. A segunda categoria tratou das características cognitivas dessa relação, incluindo os motivos, benefícios e barreiras do uso da bicicleta, as finalidades da pedalada, as avaliações sobre as estruturas ciclísticas à disposição, características do ciclismo ideal e as cognições sobre o ambiente. A terceira categoria reuniu os atributos comportamentais na relação do ciclista com a cidade, os modos de pedalar, os hábitos de saúde atrelados ao ciclismo e as práticas de segurança que os ciclistas adotam nas ruas. Os resultados apontaram para a possibilidade de tomar a afetividade como categoria analítica na compreensão da relação do ciclista com a cidade e na construção da identidade de lugar. Nos contextos urbanos, a ela indica a possibilidade de as pessoas se apropriarem dos espaços e se identificarem com eles, o que implica na criação de modos mais solidários de uso do espaço e de condutas que visem à conservação do ambiente. Sob a ótica do ciclista, trata-se da possibilidade de produzir lugares que resistam àquilo qu

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