Mobilidade e adensamento urbano: aplicação de indicadores em estudo de caso no Distrito da Barra Funda, São Paulo

Tipo de publicação

Trabalho acadêmico (Dissertação de Mestrado)

Curso ou área do conhecimento

Arquitetura e urbanismo

Tipo de autoria

Pessoa Física

Nome do autor

Melissa Belato Fortes

Língua

Português

Abrangência geográfica

Municipal

País

Brasil

Estado

São Paulo

Município

São Paulo

Ano da publicação

2014

Palavra chave 1

indicadores

Palavra chave 2

mobilidade urbana

Palavra chave 3

Sustentabilidade

Descrição

O objeto desta pesquisa é a relação entre o adensamento, a multifuncionalidade e a mobilidade urbana mais sustentável, sendo que o objeto concreto são as áreas sem uso ou subtilizadas do Distrito da Barra Funda, em São Paulo, de forma a serem consideradas como unidades de planejamento urbano integrado, tendo o Rio Tietê e a ferrovia como eixos estruturantes. O adensamento e a multifuncionalidade contribuem para uma mobilidade urbana mais sustentável que é incentivada pela proximidade entre o local de moradia e as demais atividades, como o local de trabalho, a escola, o comércio e os serviços, entre outros. Assim, os percursos para pedestres e ciclistas, bem como a articulação com os sistemas de transporte coletivo, são priorizados frente ao transporte individual. Partindo dessa premissa, o objetivo do trabalho é qualificar e quantificar essa relação por meio da aplicação dos conceitos, das estratégias e dos indicadores de mobilidade urbana. Para tanto, o trabalho foi estruturado em quatro etapas: a primeira refere-se à fundamentação teórica e ao levantamento dos indicadores; a segunda refere-se à caracterização do problema da mobilidade na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP); a terceira refere-se à análise e síntese e a quarta refere-se à proposição e às considerações finais. Com base na aplicação dos conceitos, das estratégias e dos indicadores de mobilidade urbana selecionados, esses foram calculados para a situação atual e para a situação proposta, onde foi possível se verificar a melhora substancial nos resultados para os cenários que condizem com os modelos teóricos pesquisados, nos quais a cidade que melhor corresponde aos princípios de sustentabilidade, a que otimiza os recursos e é mais eficiente, é a cidade policêntrica e adensada. Como resultados têm-se o aumento de 15 vezes na área servida por percursos de bicicletas, o aumento de 42% das áreas de calçadas e a elevação da velocidade do transporte coletivo motorizado de 15 km/h para 25 km/h, impactando diretamente na redução de 40% nos tempos de viagem desse modal. Todas essas ações, aliadas ao adensamento populacional, aos usos mistos, à introdução de áreas verdes, à melhoria da microacessibilidade por meio da transformação dos atuais obstáculos – a ferrovia e o Rio Tietê – em elementos integradores, entre outros, fomentariam deslocamentos em distâncias menores, passíveis de serem realizados em transporte coletivo, a pé e de bicicleta, fomentando, inclusive, um maior convívio social. A execução de ações nesse sentido se torna emergente numa cidade com sérios problemas estruturais, onde muitos deles são relacionados à mobilidade, à qualidade ambiental, à diversidade espacial e à densidade de ocupação.

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