Indústria automotiva: um novo olhar para um futuro mais saudável e sustentável

Tipo de publicação

Artigo

Curso ou área do conhecimento

Políticas Públicas de Saúde

Veículo

Boletim de Monitoramento da Industria - ACT Promoção da Saúde

Tipo de autoria

Pessoa Física

Nome do autor

Ricardo Brandão de Oliveira

Língua

Português

Abrangência geográfica

Internacional/Mundial

País

Brasil

Ano da publicação

2020

Palavra chave 1

Cidades Sustentáveis

Palavra chave 2

Coronavírus

Palavra chave 3

Economia

Palavra chave 4

Políticas Públicas

Palavra chave 5

Sustentabilidade

Descrição

Ao desconstruir paradigmas, a pandemia da Covid-19 coloca diante de nós questões sobre quais futuros queremos ter em nossas cidades. Com a redução da utilização de veículos motorizados e a ampliação da infraestrutura voltada ao uso de transportes ativos em diversas cidades do mundo, durante a pandemia, foi observada diminuição dos congestionamentos e menor número de acidentes de trânsito. A qualidade do ar melhorou e muitos passaram a se beneficiar dos efeitos sobre a saúde, de meios mais ativos de transporte, como bicicletas e caminhadas.
Os benefícios na saúde relacionados ao maior uso de transportes ativos são amplamente descritos na literatura científica e superam os riscos associados à exposição ao ar poluído e aos acidentes de trânsito em praticamente todas as cidades avaliadas. Pesquisadores da Nova Zelândia concluíram que, caso uma em cada quatro viagens feitas de carro no país por distâncias de até cinco quilômetros passassem a ser feitas através de transportes ativos, os efeitos sobre a qualidade de vida seriam equivalentes a uma das mais importantes políticas públicas de saúde, a taxação de 10% do tabaco. O maior uso de modais ativos nas cidades também tem sido associado a importantes impactos econômicos sobre o SUS e ao meio ambiente, através da redução dos custos no tratamento de doenças crônicas não transmissíveis e redução da emissão de gás carbônico.
Apesar das diversas evidências e dos avanços no âmbito político com a aprovação do Plano Nacional de Mobilidade Urbana (Lei 12.587/2012) e do Programa Bicicleta Brasil (Lei 13.724/2017), que possuem em suas diretrizes a priorização dos modos não motorizados de transportes sobre os motorizados e os serviços de transporte público coletivo sobre o transporte individual motorizado, o que se observa na prática é um aumento da frota de carros, estimulada por incentivos fiscais, inclusive nos períodos em que a orientação da política econômica era de maior restrição para as políticas industriais.

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