Formação de Políticas Públicas para o aumento da participação modal da bicicleta em Curitiba

Tipo de publicação

Trabalho acadêmico (Dissertação de Mestrado)

Curso ou área do conhecimento

Mobilidade urbana

Tipo de autoria

Pessoa Física

Nome do autor

RAFAEL MILANI MEDEIROS

Língua

Português

Abrangência geográfica

Municipal

País

Brasil

Estado

Santa Catarina

Município

Curitibanos

Ano da publicação

2012

Palavra chave 1

Participação

Palavra chave 2

Políticas Públicas

Descrição

Na década de 1970 algumas cidades e governos nacionais passaram a elaborar
política pública de transporte e mobilidade de forma a promover os deslocamentos em
bicicleta e, entres estas, estava Curitiba. Atualmente, é crescente e interdisciplinar o
volume de estudos que demonstram os benefícios sociais, econômicos e ambientais
do uso da bicicleta como meio de transporte. Entretanto, a fruição destes benefícios
por uma cidade está diretamente ligada à participação modal da bicicleta, que varia,
segundo fontes neste trabalho, de 0,5% a 77% do total de deslocamentos em meio
urbano. Quanto e de que forma uma política pública municipal de mobilidade pode
contribuir nos níveis de uso da bicicleta em uma cidade como Curitiba, que tem entre
1% e 5% de participação modal? A partir de uma revisão internacional, demonstra-se
o papel da política pública local na mudança dos níveis de participação,
contextualizada a aspectos conjunturais históricos e sociais. Por discutir uma
tecnologia de transporte e sua relação com a sociedade, a pesquisa utiliza conceitos,
método descritivo e modelos de análise propostos por Bijker em sua teoria de
mudança sociotécnica. Discute-se como tornar maleável o conjunto sociotécnico da
bicicleta para permitir ampliação do uso deste modal e o que poderia orientar a
formação de uma política pública condutora deste processo, quando se identificou
uma obstinação de pequena participação da bicicleta. Conclui-se que é possível
ampliar o uso, entretanto, dado a rigidez demonstrada do conjunto sociotécnico da
mobilidade em Curitiba, aponta-se a necessidade de uma política integrada ao
tratamento a outros modais, utilizando ações de estímulo ao uso da bicicleta e
desestímulo ao uso do automóvel particular, financeiramente expressiva no curto
prazo, contínua, impactante em comunicação e robusta no conjunto de instrumentos,
de forma a promover a mudança nos níveis de uso de forma sistêmica e sustentável.
Na formação da política pública de Curitiba para a bicicleta em Curitiba é necessário
redefinir o problema que orienta a formação da política específica ao longo de
décadas, pois se demonstra que a falta de ciclovias é apenas um componente de
problemática substancialmente mais complexa: atrair usuários para este modo em
face da construção social da bicicleta como meio de transporte em Curitiba.
Palavras chave: bicicleta; política pública de transporte urbano; mudança sociotécnica;
Curitiba

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