Estratégias de planeamento de mobilidade ciclável e avaliação da transferência modal – caso de estudo em Almada
Tipo de publicação
Trabalho acadêmico (Dissertação de Mestrado)
Curso ou área do conhecimento
Ciências e Engenharia do Ambiente
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
Pedro Filipe Emauz Madruga
Língua
Português
Abrangência geográfica
País estrangeiro específico
País
Portugal
Ano da publicação
2012
Palavra chave 1
Avaliação
Palavra chave 2
Bicicletabilidade
Palavra chave 3
Mobilidade por bicicleta
Palavra chave 4
Planejamento
Palavra chave 5
Políticas Públicas
Descrição
O município de Almada depara-se atualmente com um congestionamento diário de tráfego automóvel. 33% das emissões de gases com efeito de estufa deste concelho provêm do sector rodoviário. O presente trabalho estuda novas estratégias de planeamento da mobilidade ciclável em Almada e como estas podem influenciar ganhos ambientais, económicos e de tempo. A metodologia baseou-se em inquéritos (334 inquiridos), consulta aos interessados e recolha de dados através de um exercício de campo utilizando a bicicleta em conjunto com os transportes coletivos. A informação publicada, corroborada pelos inquéritos, indica que o transporte mais utilizado em Almada é o automóvel. Os percursos cicláveis existentes no município são caracterizados pelos inquiridos como tendo pouca utilidade nas deslocações pendulares casa-emprego. Em média, um profissional em Almada despende mensalmente 180 € nas deslocações casa-trabalho utilizando o automóvel. A combinação bicicleta mais barco nas viagens pendulares requer um gasto sete vezes inferior ao automóvel; a intermodalidade da bicicleta com o comboio requer um gasto quatro vezes inferior ao automóvel. Em termos de emissões poluentes, o automóvel emite 1 223 kg CO2-eq/ano, um valor dez vezes superior ao emitido pela opção da bicicleta e comboio ou bicicleta e barco. Relativamente aos tempos despendidos, a bicicleta mais comboio revela-se mais rápida que o automóvel nas viagens casa-trabalho, no sentido de tráfego mais intenso à hora de ponta. Comparando os dados de campo e do inquérito, concluiu-se que para um inquirido típico, uma transferência modal para a bicicleta não seria mais cara nem mais demorada que a situação atual. As estratégias apresentadas assentam na avaliação das preferências e padrões de mobilidade dos cidadãos, caraterizados através da literatura e da consulta aos interessados. Concluiu-se que a combinação da bicicleta com os transportes coletivos poderá constituir uma alternativa viável para deslocações pendulares intermunicipais.