Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa Ciclável 2020-2030 (Portugal)

Tipo de publicação

Manual

Tipo de autoria

Instituição pública

Nome do autor

Conselho de Ministros de Portugual

Língua

Português

Abrangência geográfica

País estrangeiro específico

País

Portugal

Ano da publicação

2019

Palavra chave 1

Estratégia

Palavra chave 2

Mobilidade ativa

Palavra chave 3

Planejamento

Descrição

Resolução do Conselho de Ministros n.º 131/2019

2 de agosto de 2019

 

Sumário: Aprova a Estratégia Nacional para a Mobilidade Ativa Ciclável 2020-2030.

 

O XXI Governo Constitucional encara o ambiente como uma das suas apostas prioritárias,

 

numa altura em que o país e o mundo se debatem com os efeitos das alterações climáticas, que

 

estão a desequilibrar o termómetro do planeta e que expõem Portugal aos perigos decorrentes dos

 

degelos, da subida das águas do mar, das secas prolongadas e do risco agravado de incêndios.

 

Nesse sentido, o Programa do Governo destacou a sustentabilidade ambiental, a liderança na

 

transição energética e a valorização territorial como objetivos cimeiros no desenho de políticas para

 

tornar a sociedade e a economia portuguesas mais preparadas relativamente ao grande desafio

 

das próximas décadas: reduzir as emissões de gases com efeito de estufa e atingir a neutralidade

 

carbónica nos próximos 30 anos.

 

Correspondendo a cerca de 25 % das emissões, o setor dos transportes desempenha um papel

 

crucial neste caminho, sobretudo num país onde a maioria da população ainda usa carro próprio

 

para grande parte dos seus percursos. A ação governamental assenta, por isso, em três grandes

 

pressupostos: a promoção do transporte público, a eletrificação dos veículos e a transferência de

 

utilizadores para modos de deslocação mais sustentáveis e ativos, como a bicicleta.

 

Considerando este último pressuposto, foi elaborada a Estratégia Nacional para a Mobilidade

 

Ativa Ciclável 2020-2030 (EMNAC 2020-2030), um compromisso para a próxima década e independente de ciclos políticos, que assegurará a promoção do uso da bicicleta, a consequente adoção

 

de hábitos de vida mais saudáveis e o investimento na construção de ciclovias.

 

A concretização desta estratégia colocará Portugal ao nível de outros países onde esta prática

 

já está enraizada, permitindo maximizar benefícios para a saúde das populações, retirar carros

 

das ruas, devolver o espaço público, aliviar o congestionamento urbano, baixar os níveis de ruído

 

e reduzir a poluição atmosférica.

 

Com uma estratégia integrada e clara na área da mobilidade ativa ciclável, pretende-se tornar

 

Portugal num país «orgulhosamente ativo», onde pedalar é uma atividade segura e amplamente

 

praticada, constituindo uma opção de mobilidade acessível e atrativa, e assim maximizando benefícios para a saúde, economia, emprego, ambiente e cidadania.

 

A concretização desta estratégia privilegia um trabalho temático e transversal, capaz de garantir

 

os compromissos nacionais e internacionais assumidos por Portugal no domínio da sustentabilidade,

 

dos quais se destaca o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável adotados no contexto da Organização das Nações Unidas, prevendo 51 medidas

 

de promoção da mobilidade ativa ciclável, em quatro grandes áreas transversais — enquadramento

 

e legislação, investigação e desenvolvimento, monitorização e avaliação, e financiamento — , a que

 

acrescem três eixos específicos de intervenção — infraestruturas e intermodalidade, capacitação

 

e apoio, e cultura e comportamentos.

 

A elaboração EMNAC 2020-2030 foi sujeita a um processo de participação, que visou promover

 

uma efetiva apropriação e responsabilização da sociedade civil. Este processo foi consubstanciado

 

em dois momentos: o primeiro, de participação pública de diversas entidades públicas e da sociedade civil, e o segundo, de consulta pública à população em geral.

 

Assim:

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