Efeito da ingestão aguda de cafeína sobre o trabalho total realizado acima da potência crítica e o desenvolvimento da fadiga central e periférica em prova de ciclismo contrarrelógio de 4 km

Tipo de publicação

Trabalho acadêmico (Tese de doutorado)

Curso ou área do conhecimento

Nutrição

Tipo de autoria

Pessoa Física

Nome do autor

FELIPPE, Leandro José Camati

Língua

Português

Abrangência geográfica

Nacional

País

Brasil

Ano da publicação

2018

Palavra chave 1

Ciclodesporto

Palavra chave 2

Esporte

Palavra chave 3

Outra

Descrição

A relação entre o trabalho total realizado acima da potência crítica (PC) e fadiga periférica durante um exercício com distribuição de potência livre ainda é desconhecida. No presente estudo foi investigada a influência da cafeína no trabalho total realizado acima da PC em um teste de ciclismo contrarrelógio de 4 km, e a possível consequência sobre a fadiga central e periférica. Onze ciclistas recreacionais realizaram três testes com carga constante para determinar a PC, e dois testes de ciclismo contrarrelógio de 4 km 75 minutos após a ingestão oral de 5 mg.kg⁻¹ de cafeína ou celulose (placebo). As avaliações dos parâmetros neuromusculares foram realizadas antes, ~50 minutos após a suplementação e um minuto após o teste contrarrelógio. A ingestão do suplemento pré-exercício não resultou em melhora nos parâmetros neuromusculares. Comparado com o placebo, a ingestão de cafeína aumentou a potência média (~4%, P = 0,01), e o recrutamento neuromuscular (~17%, P = 0,01), resultando em menor tempo para terminar os 4 km da prova (~2%, P = 0,03). O trabalho total realizado acima da PC foi significativamente maior com a ingestão da cafeína (16,7 ± 2,1 kJ) do que com placebo (14,7 ± 2.1 kJ, P = 0,01). Após o 4-km TT a fadiga periférica global e de baixa frequência (diferença do pré e pós-exercício na força gerada aos estímulos de 1 e 10 Hz) foi mais pronunciada com a ingestão de cafeína (121 ± 13 e 137 ± 14 vs 146 ± 13 e 156 ± 11 N; P < 0,05). Não houve efeito da cafeína sobre a fadiga periférica. Em conclusão, a cafeína aumentou o recrutamento muscular, permitindo um maior trabalho total acima da PC e um maior grau de fadiga periférica do músculo locomotor após o exercício.

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