Desenvolvimento socioeconômico e a “cultura do carro” no Brasil: possíveis diretrizes para estudos antropológicos

Tipo de publicação

Artigo

Curso ou área do conhecimento

Antropologia

Veículo

III ALA

Tipo de autoria

Pessoa Física

Nome do autor

Meira, T. A. B

Língua

Português

Abrangência geográfica

Nacional

Ano da publicação

2012

Palavra chave 1

Antropologia

Palavra chave 2

Automovelcracia

Palavra chave 3

Desenvolvimento

Palavra chave 4

Economia

Descrição

No último século, entre períodos críticos e fases de pleno crescimento, o desenvolvimento do capitalismo esteve intimamente associado à indústria automobilística. Nesse ínterim, o setor foi pioneiro na conformação de inovações técnicas e organizacionais que, paulatinamente, se irradiaram para todo o modo de produção. Por outro lado, pela própria posição estratégica do ramo automotivo, o incentivo à aquisição e uso de veículos motorizados revelou-se fundamental na lógica (re)estruturante do sistema econômico, sobretudo, em seus momentos mais críticos 1. Mas, para além de um bem de consumo central na dinâmica expansiva capitalista, em diversas formações sociais, em maior ou menor grau, os carros também se transformaram em elementos capazes de sintetizar valores culturais característicos da modernidade, como a liberdade individual, a busca pela realização pessoal e as conquistas materiais. A despeito de sua complexidade, portanto, o modelo ocidental de sociedade configurado desde a Segunda Revolução Industrial pode ser representado, como propõe Gounet (1995), pela metonímica “civilização do automóvel”.

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