Descrição

Por mais de uma década, os sistemas
de bicicletas compartilhadas (SBC) têm
desempenhado um papel-chave na
promoção do ciclismo como meio de
transporte nas cidades. A sua importância
tem aumentado ainda mais com a
emergência dos sistemas “dockless”
desde 2015. Existem milhares de sistemas
operando mundo afora, particularmente
em cidades da Europa, Ásia e América
do Norte.
No entanto, a implementação desse sistema não se trata
simplesmente de replicar um modelo que tenha funcionado
“bem” em uma determinada cidade acreditando-se que ele
funcionará perfeitamente nas mesmas condições de origem na
cidade de destino.
Neste sentido, o SBC precisa ser visto como parte da
infraestrutura de transporte como um todo, a exemplo
das ruas, ônibus, metrô, ciclovias, calçadas etc. e, portanto,
adaptado a contextos que considerem: (a) a viabilidade
das leis e regulamentações locais de forma a conciliá-los
ao planejamento e à operação exigíveis de um SBC; (b) a
integração do sistema com redes de transporte público com
o objetivo de potencializar hubs de mobilidade em promover
um alcance gradativamente mais amplo de conexão com
postos de trabalho e residências; (c) a relação do potencial
do ciclismo como meio de transporte a quaisquer objetivos
relevantes de sustentabilidade ou desenvolvimento que
permeiem o planejamento estratégico das cidades (Moon-
Miklaucic et al, 2018).