Ciclismo em Fortaleza como alternativa de mobilidade: um olhar avaliativo sobre programas cicloviários municipais
Tipo de publicação
Trabalho acadêmico (Dissertação de Mestrado)
Curso ou área do conhecimento
Políticas Públicas
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
Moura, Luciana Ribeiro
Língua
Português
Abrangência geográfica
Nacional
País
Brasil
Ano da publicação
2019
Palavra chave 1
Avaliação
Palavra chave 2
Desenvolvimento Urbano
Palavra chave 3
Integração intermodal
Palavra chave 4
mobilidade urbana
Palavra chave 5
Políticas Públicas
Descrição
A dissertação, ora apresentada a público, consubstancia as reflexões e descobertas analíticas de pesquisa avaliativa desenvolvida no período 2017-2018 sobre a mobilidade urbana cicloviária em Fortaleza, no contexto contraditório das intervenções municipais na metrópole fortalezense, nas Gestões do Prefeito Roberto Cláudio Bezerra, nesta área específica, no período 2013-2018. Nesta perspectiva, assumi, como referência nesta pesquisa avaliativa, dois programas municipais de ciclismo urbano: Programa Bicicletar e Programa Bicicletas Integradas ao Transporte Público – PBITP. Ao longo dos percursos e desdobramentos desta investigação avaliativa, adentrei na complexidade do ciclismo urbano em Fortaleza, centrando as análises em três eixos: o ciclismo como via de mobilidade urbana na metrópole Fortaleza, na segunda década do século XXI, circunscrevendo-o como tendência contemporânea, em meio aos seus dilemas; configurações do Bicicletar e PBITP como programas municipais de bicicletas públicas, avaliando os sentidos sócio-políticos destes dois programas e sua legitimidade como intervenções do governo municipal; repercussões da implementação do Bicicletar e PBITP na criação de infraestrutura no âmbito do ciclismo urbano em Fortaleza e no tocante à cultura em torno do ciclismo, considerando as tensões entre padrões de invisibilidade e múltiplas formas de violência e a emergência de um tratamento de respeito ao ciclista como ator urbano. O esforço avaliativo de dimensões da Política de Mobilidade Urbana Cicloviária exigiu (re)construir nexos e mediações com a Política de Mobilidade Urbana, como matriz institucional, tendo, como horizonte de análise, a Questão Urbana na contemporaneidade. Para tanto, trabalhei vias abertas por autores de referência neste campo de estudo: Henri Lefebvre, David Harvey, Erminia Maricato, Raquel Rolnik, Renato Boareto. Nesta direção, movimentei, como categorias analíticas de sustentação teórica desta produção acadêmica: avaliação, questão urbana, direito à cidade, mobilidade urbana, mobilidade cicloviária, ciclismo urbano, programas públicos cicloviários, sociabilidade ciclovária, cultura no trânsito. Na construção do processo investigativo, busquei assumir uma perspectiva contrahegemônica no campo epistêmico da avaliação de políticas públicas, tomando, como base, duas matrizes avaliativas: o Paradigma Pós-Construtivista de Raul Lejano e a Avaliação em Profundidade de Léa Rodrigues. Particularmente, da matriz de Lejano, tomei, como inspiração, suas indicações da fusão de texto e contexto, considerando a dimensão complexa e multidimensional da experiência avaliativa. Especificamente, da matriz de Avaliação em Profundidade, formulada por Léa Rodrigues, construi o desenho metodológico da investigação a partir dos eixos analíticos indicados: análise do contexto da política de mobilidade cicloviária no âmbito da Política de Mobilidade Urbana no cenário brasileiro e fortalezense; análise de conteúdo das Políticas de Mobilidade Ciclovi