Descrição

A escolha modal da bicicleta como meio de transporte nas áreas urbanas tem desafios e barreiras a serem ultrapassadas. Este artigo mostra como a sociedade mundial ainda está vinculada ao automóvel e como tal preferência tem bloqueado a oferta de infraestrutura destinada aos modos ativos (caminhadas, ciclismo, skate, patinetes, cadeirantes) de se desenvolverem como prática cotidiana nas viagens utilitárias no meio urbano. A partir do Diagrama de McClintock, são analisados fatores positivos e negativos das seguintes barreiras à bicicleta: naturais, artificiais, sociais, políticas e urbanísticas. De forma propositiva, elenca os desafios existentes em cada uma das barreiras descritas, apresentando soluções possíveis a serem adotadas pelos administradores e técnicos das municipalidades. Uma das recomendações deste trabalho é a continuidade dos movimentos ativistas conhecidos no exterior como critical mass, que no Brasil recebeu o batismo de ‘bicicletada’ pelos cicloativistas. A principal recomendação, no entanto, é a construção de mais e melhores infraestruturas cicláveis, sejam elas ciclovias, estacionamento rápido de bicicletas ou bicicletários, sendo significativa a implementação de bicicletas públicas compartilhadas, como é o caso da ação levada a cabo pela administração municipal de Paris.