Apropriações e práticas do espaço urbano: o pedalar como momento de protesto

Tipo de publicação

Trabalho acadêmico (Dissertação de Mestrado)

Curso ou área do conhecimento

Sociologia

Tipo de autoria

Pessoa Física

Nome do autor

SAMPAIO, Tiago Saboia de Albuquerque

Língua

Português

Abrangência geográfica

Municipal

País

Brasil

Estado

Ceará

Município

Fortaleza

Ano da publicação

2015

Palavra chave 1

Bicicletada

Palavra chave 2

Cicloativismo

Palavra chave 3

Espaço Urbano

Palavra chave 4

etnografia

Descrição

Pautando-me numa perspectiva etnográfica – de um contato intersubjetivo e duradouro com um coletivo de usuários da bicicleta na cidade de Fortaleza –, na presente pesquisa, viso a investigar e a refletir sobre o universo do ciclismo urbano, dando especial ênfase à sua inerente relação e articulação com os usos e (re)significações dos espaços públicos da cidade, as diferentes – e, por vezes, conflituosas – formas de “fazer política” e de fruir e construir o espaço urbano a partir do uso da bicicleta como forma de deslocamento. Para tanto, parto das narrativas, representações e práticas cotidianas do ativismo pró-bicicleta e das experiências vivenciadas por ciclistas urbanos que gravitam em torno de três coletivos – ou três “momentos” – de promoção e defesa da bicicleta como forma de deslocamento na cidade: o coletivo Massa Crítica, a Associação de Ciclistas na Cidade de Fortaleza – a Ciclovida – e o projeto Bike Anjo. As práticas cotidianas e o ativismo desses indivíduos são percebidos por eles mesmos como uma “politização” do tema – cada vez mais em pauta – da mobilidade e circulação urbanas, relacionando-os também, mais amplamente, à própria forma de perceber e vivenciar a cidade e seus espaços. O que essa pesquisa aponta é que a uma forma específica – um contra-uso – de fruição e uso do espaço urbano – de uma prática de espaço – ligam-se também concepções específicas sobre os espaços e as temporalidades da cidade. No caso dos ciclistas urbanos, o que é muito característico é que emerge, tanto mais a prática é contínua, cada vez mais uma perspectiva de “(re)conquistar” e se “(re)aproximar da cidade” – do espaço público, dos outros citadinos, do inesperado, dos encontros casuais – e de “torná-la um lugar melhor através da bicicleta”.

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