A travessia no tempo: homens e veículos, da mitologia aos tempos modernos
Tipo de publicação
Trabalho acadêmico (Dissertação de Mestrado)
Curso ou área do conhecimento
Arquitetura e urbanismo
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
Mônica Fiuza Gondim
Língua
Português
Abrangência geográfica
Municipal
País
Brasil
Estado
Distrito Federal
Município
Brasília
Ano da publicação
2014
Palavra chave 1
Desenvolvimento Urbano Sustentável
Palavra chave 2
Planejamento
Palavra chave 3
transporte ativo
Palavra chave 4
Urbanização
Descrição
O século XX começou impulsionado pela aceleração e com as cidades encantadas pela velocidade prometida por automóveis e aviões. Cem anos depois, o homem procura resgatar a qualidade de vida proporcionada pela morosidade promovendo a caminhada e o pedalar da bicicleta. Estas cenas demonstram importâncias contraditórias dadas à rapidez e à lentidão nos projetos urbanos. De fato, desde os mais antigos assentamentos humanos, a velocidade e a morosidade foram revestidas de significados e valores em pinturas rupestres, inscrições murais, tabuletas de barro, cerâmicas, estatuetas e narrativas mitológicas. Diante desta constatação, esta tese parte do princípio que existem arquétipos da mobilidade humana formados no alvorecer da história e que atravessam os tempos moldando mentalidades e cidades. São intenções: a) explorar as interpretações dadas à rapidez e à vagarosidade na formação do pensamento urbano ocidental; e b) investigar como a cidade – lida a partir de suas ruas – foi adaptada aos deslocamentos de veículos e pedestres no transcorrer do tempo. O estudo é conduzido por duas questões de pesquisa: 1) quais os significados e valores atribuídos aos veículos (à velocidade) e aos pedestres (à morosidade) no alvorecer da sociedade?; e 2) como os aspectos morfológicos das ruas ao longo da história manifestam a preferência da cidade por veículos ou pedestres? São hipóteses, o entendimento de que a admiração pela velocidade e pelo veículo é um arquétipo que antecede ao uso do automóvel; e que, ao longo da evolução urbana1, a cidade deu preferência às vias principais, à velocidade e ao veículo numa comparação com o investimento feito em vias locais, na morosidade e no pedestre.