A influência da infraestrutura cicloviária no comportamento de viagens por bicicleta
Tipo de publicação
Trabalho acadêmico (Dissertação de Mestrado)
Curso ou área do conhecimento
Engenharia Civil e Ambiental
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
Araújo, Fabíola Guedes
Língua
Português
Abrangência geográfica
Nacional
País
Brasil
Ano da publicação
2014
Palavra chave 1
Cicloviagem
Palavra chave 2
Comportamento
Palavra chave 3
Infraestrutura
Palavra chave 4
infraestrutura cicloviária
Descrição
A bicicleta é o único veículo cuja aquisição é acessível a todas as classes sociais, contribui para a melhoria da saúde do usuário, não polui o ambiente e não requer combustível. No Brasil, apesar da lei garantir o direito à infraestrutura urbana e ao transporte, esse modo ainda não recebeu o tratamento adequado ao papel que desempenha e, por não ser prioridade, resulta em exclusão social, riscos e desrespeito com os usuários. O sistema cicloviário faz parte de sistemas maiores; o sistema de transportes e o próprio sistema urbano. Dessa forma este trabalho teve como objetivo analisar o comportamento de viagens por bicicleta na cidade de Ceilândia – DF, identificando o perfil do usuário e quais os fatores influenciam na escolha pelo modo. Para isso, realizou-se pesquisa de campo com aplicação de formulário para entrevista com os ciclistas. O método utilizado envolve basicamente cinco etapas: (i) delimitação e caracterização da área de estudo; (ii) definição da amostra; (iii) levantamento de dados; (iv) tabulação dos dados; e, (v) análise descritiva dos dados obtidos. Foram entrevistados 200 ciclistas. Dentre os principais resultados obtidos pode ser observado que a maioria dos usuários é do sexo masculino, está na faixa etária entre 30 a 50 anos e a escolaridade raramente ultrapassa o ensino médio. Entre os fatores que contribuem para a escolha da bicicleta, destaca-se a presença de ciclovia e a prática do esporte ou benefício para a saúde. Além disso, a pesquisa de campo possibilitou a coleta de outros fatores que influenciam negativamente o uso da bicicleta e que não estavam no formulário, como o roubo de bicicletas e a presença de muitos pedestres nas ciclovias. Concluiu-se que a construção das ciclovias na cidade de Ceilândia atraiu poucos “novos” usuários da bicicleta, mas atraiu muitos usuários que utilizavam as ruas dividindo o espaço com os modos motorizados aumentando o risco de conflitos e acidentes. Esses resultados servem de subsídio para tomadores de decisão na definição de estratégias que visem incentivar o uso da bicicleta.