A extensão do self na prática do consumo colaborativo: investigando a experiência de acesso dos usuários do sistema de compartilhamento de bicicletas de Pernambuco
Tipo de publicação
Trabalho acadêmico (Dissertação de Mestrado)
Curso ou área do conhecimento
Administração
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
SILVA, Marianny Jessica de Brito
Língua
Português
Abrangência geográfica
Estadual
País
Brasil
Estado
Pernambuco
Ano da publicação
2015
Palavra chave 1
Compartilhamento
Palavra chave 2
CONSUMO COLABORATIVO
Palavra chave 3
Logística e transporte
Descrição
As inúmeras possibilidades de extensão e construção do self por meio de outras formas de consumo que não envolvem a posse são uma realidade advinda das Eras Digital e de Acesso. Nelas, destaca-se o Consumo Colaborativo, descrito como prática onde clientes acessam um bem com auxilio das tecnologias em troca de uma pequena quantia. A ênfase desta dissertação incide na compreensão dessa extensão/construção do self no Consumo Colaborativo, representado aqui por meio do projeto Bike PE, primeiro sistema intermunicipal de compartilhamento de bicicletas do Brasil. Os aspectos que motivaram a escolha do tema estão diretamente relacionados à carência de estudos no que se refere à extensão da identidade em novas configurações de consumo. Assim, os constructos tomados como base teórica desta dissertação foram o self, as Eras de Acesso e Digital e o Consumo Colaborativo. A pesquisa caracteriza-se por ser qualitativa básica, sendo utilizadas na coleta de dados a observação estruturada, direta e natural e a entrevista individual não-estruturada. As observações foram efetivadas em nove estações onde ficam as bicicletas e as entrevistas foram realizadas com 24 usuários do Bike PE. Os dados coletados foram analisados de acordo com Análise Semântica- Pragmática da Conversação. Os resultados mostraram que a extensão do Eu na prática de compartilhamento de bicicletas se dá por meio do significado do uso ao bem acessado. Este uso por meio da experiência do pedalar reforça e traz a tona a ideia de cidadania, além de propiciar o sentimento de pertencimento e conectividade, auxiliando também na construção do self ao agir como instrumento de mudança ideológica, social, econômica, cultural e sustentável para os indivíduos. A ideia da posse, entretanto, não está descartada. Os usuários analisados desejam ou até mesmo possuem uma bicicleta, levando a compreensão de que acesso e propriedade podem ser consumidos concomitantemente.