A cultura do automóvel como parte da organização territorial urbana da América Latina: a mobilidade sustentável como alternativa
Tipo de publicação
Trabalho acadêmico (Dissertação de Mestrado)
Curso ou área do conhecimento
Geografia
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
Diego Armando Céspedes Álvarez
Língua
Português
Abrangência geográfica
Internacional/Mundial
Ano da publicação
2016
Palavra chave 1
Cidade para pessoas
Palavra chave 2
espaços públicos
Palavra chave 3
Geografia
Palavra chave 4
mobilidade urbana
Palavra chave 5
Mudança cultural
Palavra chave 6
Sustentabilidade
Descrição
Esta pesquisa busca compreender como a “cultura do automóvel” tem direcionado o planejamento urbano e a estrutura das cidades, de modo que o transporte individual se torna o protagonista, por meio de discussões sobre mobilidade sustentável, levantamentos de dados qualitativos, quantitativos e observações realizadas em grandes cidades da América Latina. O automóvel é mais que um meio de transporte, é uma cultura motorizada que representa parte do modo de vida contemporâneo em que perde-se a sua proposta original, como meio de transporte, para se tornar um símbolo de status social. Além disso, a cultura do automóvel tem repercutido na organização das cidades, deixando em seu acelerado crescimento, um planejamento obsoleto e inadequado, que reflete na qualidade de vida urbana. Após a discussão teórico-conceitual e da análise de dados estatísticos e fatos cotidianos/observações, a pesquisa aprofunda em um exemplo: a cidade de São José na Costa Rica. Sendo resultado de decisões de um modelo geral. Esse país, nos últimos 05 anos (2010-2016), começa a apresentar uma grande preocupação em relação à melhoria do sistema de transportes em geral, após décadas de priorização de investimentos em infra- estrutura para o transporte individual motorizado, em detrimento do transporte público coletivo. A pesquisa deste fenômeno de aceitação global de um meio de transporte (individual), como prioridade na hierarquia do planejamento urbano, tem como finalidade instigar uma reflexão sobre a situação que a sociedade latino-americana está enfrentando. Essa filosofia que prioriza o individual sobre o coletivo, deve ser repensada com o fim de transformar novamente os centros urbanos, em espaços para os cidadãos, onde ocorra o desenvolvimento e a melhoria da qualidade de vida humana. A mobilidade não motorizada (a pé e por bicicletas) deve ser evidenciada como prioridade na busca de uma cidade futura de menos circulação motorizada, onde os cidadãos se locomovam pela cidade de uma forma mais saudável, possibilitando o bem-estar e a qualidade de vida coletiva.