A contribuição econômica da mobilidade ativa: referências e estudos em São Paulo
Tipo de publicação
Artigo
Curso ou área do conhecimento
Mobilidade Sustentável
Veículo
Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito 2019
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
Marcela Kanitz, Filipe Ungaro Marino
Língua
Português
Abrangência geográfica
Municipal
País
Brasil
Estado
São Paulo
Município
São Paulo
Ano da publicação
2019
Palavra chave 1
Avaliação
Palavra chave 2
Comércio
Palavra chave 3
Economia
Palavra chave 4
Impacto ambiental
Palavra chave 5
Mercado
Palavra chave 6
mobilidade urbana
Palavra chave 7
Políticas Públicas
Descrição
A atual crise da mobilidade nas cidades está diretamente ligada ao histórico de
planejamento urbano focado nos veículos motorizados, que negligenciou o transporte
público e deslocamentos não motorizados. No Brasil, o período entre década de 1990 até
2010 foi marcado por políticas públicas favoráveis ao uso do carro, modal que causa
impactos negativos nas dimensões ambiental, social e econômica, na medida em que
contribui para diversas “deseconomias” tanto no setor público quanto privado. O transporte a
pé e por bicicleta ganha relevância no debate da mobilidade urbana como alternativas
sustentáveis que têm o potencial de aumentar a qualidade de vida e estimular o
desenvolvimento econômico local.
O trabalho descreve e analisa, brevemente, três pesquisas internacionais (na França,
Inglaterra e Canadá) e três estudos inéditos realizados em São Paulo. Os seis estudos
investigam a contribuição econômica local dos usuários de diferentes modos de
deslocamento e avaliam os impactos de intervenções favoráveis à mobilidade ativa. A
metodologia usada nos estudos estima essa contribuição através da análise de dados
primários que foram coletados através de surveys para visitantes, clientes e comerciantes
de áreas urbanas com características semelhantes. Isto é, todos foram aplicados em áreas
urbanas com densidade média ou alta, com uso de solo misto e que são acessíveis por
diferentes modos de deslocamento.
Os resultados dos estudos mostram que os usuários de modos de deslocamento ativos em
muitos casos representam a maior parte dos clientes do comércio local e são visitantes mais
frequentes que os motoristas, consumindo mais por semana ou por mês que os usuários de
outros modais. A produção de dados sobre a contribuição econômica dos pedestres e
ciclistas contribui para informar a sociedade civil, comerciantes e poder público sobre os
benefícios da mobilidade ativa para o desenvolvimento econômico local.