Descrição

As grandes cidades de países em desenvolvimento apresentam, em
geral, problemas de mobilidade e acessibilidade urbanas, os quais
prejudicam a circulação de pessoas e mercadorias. Como agravante,
nas últimas três décadas, vêm sendo intensificados os congestionamentos viários, a utilização inadequada do espaço urbano, bem como
o aumento nos índices de poluição, seja sonora ou ambiental. Tais
fatores, em conjunto, contribuem para a emergência de uma progressiva queda na qualidade de vida urbana.
A Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) se afigura como um
exemplo esclarecedor desses processos, uma vez que os crescentes
índices de motorização têm acentuado as externalidades decorrentes
dos congestionamentos viários, como acidentes e os custos decorrentes dos tempos elevados de viagens. Ademais, a parcela da população
que mais sofre com estas externalidades é o estrato populacional mais
pobre, reforçando a lógica de que no transporte também se reproduzem as mesmas iniquidades socioeconômicas vigentes no país.
O governo do Estado de Minas Gerais, em consonância com as recomendações da Política Integrada de Mobilidade Metropolitana, que
integra o Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado da Região
Metropolitana de Belo Horizonte (PDDI-RMBH), tem o intuito de promover a construção/modernização de treze terminais metropolitanos
de transporte, buscando, assim, incrementar a acessibilidade às centralidades metropolitanas, de modo a consolidar a integração da rede
de transporte metropolitano.