MEU CARRO É UMA BIKE: Ciclomobilidade como Política Pública em Metrópoles do Sul Global
Tipo de publicação
Trabalho acadêmico (Tese de doutorado)
Curso ou área do conhecimento
Administração
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
Cédrick Cunha Gomes da Silva
Língua
Português
Abrangência geográfica
Nacional
País
Brasil
Ano da publicação
2017
Palavra chave 1
Ciclomobilidade
Palavra chave 2
mobilidade urbana
Palavra chave 3
Política
Palavra chave 4
Políticas Públicas
Descrição
Nunca fomos tão urbanos como atualmente. Em 2014, mais da metade (54%) da população global era urbana, segundo um relatório das Nações Unidas (2015). A construção de sistemas tecnológicos complexos que são o produto e o produtor da vida urbana acompanham o processo acelerado de urbanização. Infra-estruturas de energia, água, comunicação, transportes, saneamento e capital suportam o funcionamento da cidade contemporânea. Nesta, o colapso desses sistemas produziu crises complexas com efeitos cascata, como falhas na infra-estrutura urbana que geram problemas de (i)mobilidade; com impactos sociais, políticos, ambientais, de saúde e econômicos. A mobilidade urbana, como parte deste contexto disruptivo, apresenta problemas como congestionamento, ruído, poluição do ar, privatização do espaço público e acesso desigual ao transporte. Isso se deve, em parte, à hegemonia da automobilidade enquanto um dos principais ícones da modernidade. A ciclomobilidade, por outro lado, como parte de um novo paradigma de mobilidade, tem o potencial de subverter o atual sistema de transporte unidimensional que privilegia o carro, desconstruindo suas práticas e experiências de tempo, espaço e velocidade. No entanto, esses aspectos ganham um contorno diferente quando contextualizados em metrópoles do Sul global, subdesenvolvidas e recentemente democratizadas, onde o crescimento populacional e a adoção do automóvel como seu principal modal de transporte são dominantes e vistos como sinônimo de desenvolvimento e progresso.
Esta pesquisa, utilizando uma abordagem pós-estruturalista, procura explanar criticamente sobre processos pelos quais múltiplas posições de sujeito atuam tática e estrategicamente com o objetivo de subverter a condição urbana hegemônica pela inclusão de demandas populares anteriormente excluídas do campo discursivo da mobilidade urbana.
Palavras chave: Ciclomobilidade. Política. Subversão. Paradigma da Mobilidade.