A demanda reprimida do turismo de bicicleta
Tipo de publicação
Artigo
Curso ou área do conhecimento
Gestão de Negócios Turísticos
Veículo
Brazilian Journal of Development
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
Victor Vasconcellos e Fátima Priscila Morela Edra
Língua
Português
Abrangência geográfica
Nacional
País
Brasil
Ano da publicação
2022
Palavra chave 1
Ciclismo urbano
Palavra chave 2
Cicloturismo
Palavra chave 3
Cicloviagem
Descrição
A mobilidade cicloviária tem se apresentado como alternativa de planejamento e humanização de zonas de circulação em consonância à praticidade e fruição de deslocamento no tempo e espaço. Nesse contexto, processos culturais e afirmações contemporâneas, dentre eles o turismo, destacam a bicicleta como oferta de transportes, segmento de mercado e estilo de vida. Este estudo teve por objetivo verificar a influência de movimentos sociais cicloinclusivos para o fomento ao turismo de bicicleta. Realizou-se pesquisa com participantes das ações mensais da rede de ciclistas e ativistas, Escola Bike Anjo, dos municípios de Niterói (RJ) e Recife (PE). Observou-se que 20,5% dos respondentes indicaram utilizar a bicicleta para cicloturismo e 5% para cicloviagens. A principal motivação indicada para o uso da bicicleta foi ser mais saudável para mente e corpo (92%), enquanto que falta de infraestrutura cicloviária (42%) e falta de segurança no trânsito (38%) foram apontados como principais impedimentos. A análise revelou uma demanda reprimida da mobilidade cicloviária para uso diário e lazer, incluindo o turismo de bicicleta, devido à falta de segurança para pedalar em vias urbanas compartilhadas com outros meios de transporte como os automóveis, decorrente da falta de conectividade da malha cicloviária somada à escassez de infraestrutura como ciclovias, ciclofaixas e sinalização. Ponderou-se que para existir turismo de bicicleta e atender às demandas, precisa ocorrer um processo de cultura da mobilidade cicloviária na sociedade brasileira, tal como a rede Bike Anjo que incentiva, nacionalmente, por meio de ações sociais, condições que viabilizem a ciclabilidade nos espaços.