Lei 13.019/2014: Fortalecer a sociedade civil e ampliar a democracia
Tipo de publicação
Manual
Tipo de autoria
Instituição da Sociedade Civil
Nome do autor
Comitê Facilitador Plataforma por um Novo Marco Regulatório para as Organizações da Sociedade Civil
Língua
Português
Abrangência geográfica
Nacional
País
Brasil
Ano da publicação
2015
Palavra chave 1
mrosc
Palavra chave 2
política pública
Palavra chave 3
Sociedade civil
Descrição
A aprovação da lei 13.019/2014 foi uma conquista das Organizações da Sociedade Civil (OSCs) brasileiras.
Fruto de anos de mobilização e debates em todo o campo, em especial por parte das organizações que compõem a Plataforma por um Novo Marco Regulatório para as OSCs, a lei traz boas novidades para todos que escolhem colocar a mão na massa e construir organizações que trabalham por um país melhor.
A lei altera para melhor a forma como são regidas as parcerias entre OSCs e o Estado brasileiro. Com ela, organizações e administradores públicos de todas as esferas de governo terão maior segurança jurídica para agir em conjunto, fortalecendo parcerias que já mostraram que podem ser muito proveitosas para toda a sociedade.
Além de mudanças práticas fundamentais, como a criação de instrumentos adequados para substituir os convênios, possibilidade de pagamento de funcionários e medidas para garantir a transparência nos contratos, a nova legislação traz algo maior: o reconhecimento pelo Estado brasileiro da importância da sociedade civil organizada e da participação social como meio de gestão
pública eficiente e democrático.
Nessa direção, a lei apresentou as bases para o desenvolvimento de uma Política de Fomento e Colaboração, que envolve a criação de um ambiente jurídico favorável e programas de incentivo ao engajamento cidadão e fortalecimento das OSCs.
Mesmo trazendo avanços importantes, a lei 13.019 não esgota as demandas da Plataforma pela criação de um marco regulatório que favoreça a atuação das OSCs. Além de persistirem alguns problemas – como uma premissa de desconfiança do Estado, excesso de formalismo e demandas burocráticas e discriminatórias contra as OSCs – a nova legislação refere-se apenas às relações com a administração pública.
O marco regulatório cobrado pela Plataforma vai muito além disso. O Estado precisa se abrir para ouvir demandas e criar canais efetivos de participação social. Este é um caminho sem volta num país com uma população cada vez mais ativa politicamente.
Para isso, é necessário ampliar os espaços de diálogo e formação mútua entre OSCs e administradores públicos e lutar por novos avanços legais para as organizações. Entre eles, a simplificação tributária e incentivos para doações individuais são passos fundamentais e urgentes.
As organizações da Plataforma continuarão na luta para construir uma legislação cada vez mais favorável para as OSCs.