Orégano em pizza e ciclovias em São Paulo possuem algo em comum? infraestruturas cicloviárias de São Paulo de 2013 a 2019

Tipo de publicação

Trabalho acadêmico (Tese de doutorado)

Curso ou área do conhecimento

Geociência

Tipo de autoria

Pessoa Física

Nome do autor

Luciana de Farias

Língua

Português

Abrangência geográfica

Municipal

País

Brasil

Estado

São Paulo

Município

São Paulo

Ano da publicação

2020

Palavra chave 1

Ciclovias/ciclofaixas

Palavra chave 2

Movimentos sociais

Palavra chave 3

Planejamento Urbano

Palavra chave 4

Política de transporte urbano

Palavra chave 5

Transporte urbano - Aspectos ambientais.

Descrição

O título da tese se inspira em falas do Prefeito do Município de São Paulo, Bruno Covas (abril, 2018-2020, PSDB) ao se referir aos 400 quilômetros de vias para circulação exclusiva de bicicleta implementadas na gestão anterior, de Fernando Haddad (PT, 2013-2016) como “feitas na cidade como você coloca orégano na pizza: jogado de forma aleatória”. Embora tais trechos de malha cicloviária já constavam em planos das décadas de 1990 e 2000 e foram novamente debatidas dentro do contexto do Plano de Mobilidade Urbana do município em 2015, Covas é apenas um dos atores que se opuseram a consolidação das ciclovias e ciclofaixas implementadas na gestão de Haddad. Esta tese apresenta uma análise tanto da implementação quanto do processo de revisão da malha cicloviária paulistana entre os anos 2013 a início de 2020 buscando responder as seguintes perguntas: quais processos foram determinantes na organização da infraestrutura cicloviária da cidade de São Paulo? Como atores se mobilizaram buscando moldar esses processos a partir de seus interesses e condições? Quais os resultados desses processos em termos da infraestrutura que conformaram e das dinâmicas sociotécnicas que produziram? A pesquisa levantou diferentes momentos de inclusão da bicicleta na agenda pública anteriores ao ano de 2013 e como, nesses períodos, diferentes atores e coalizões mobilizaram conhecimentos e tecnologias para a elaboração de planos cicloviários que nem sempre resultaram na construção de infraestruturas. A pesquisa utilizou de revisão bibliográfica, coleta de dados em documentos, mídia, blogs e observação em eventos, reuniões e audiências públicas, articulando-os com conceitos dos Estudos Sociais da Ciência e da Tecnologia e do paradigma das novas mobilidades nas ciências sociais. As conclusões apontam para a consolidação de um enquadramento sociotécnico para a consolidação e expansão da malha cicloviária paulistana que inclui a bicicleta como mais um elemento de disputa pelo espaço viário de forma a priorizar infraestruturas de interferência mínima na forma como esse espaço é construído e compreendido na manutenção do sistema de transportes paulistano, porém também destaca a atuação de movimento sociais na agenda da bicicleta nos espaços participativos formais e fora deles. Embora se concentre no recorte temporal de 2013 a 2019, a pesquisa foi concluída em julho de 2020

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