Tecnologias disruptivas e mobilidade urbana: inovações para o desenho das cidades

Tipo de publicação

Trabalho acadêmico (Tese de doutorado)

Curso ou área do conhecimento

Arquitetura e urbanismo

Tipo de autoria

Pessoa Física

Nome do autor

Melissa Belato Fortes

Língua

Português

Abrangência geográfica

Municipal

País

Brasil

Estado

São Paulo

Município

São Paulo

Ano da publicação

2019

Palavra chave 1

Compartilhamento

Palavra chave 2

espaços públicos

Palavra chave 3

Infraestrutura

Palavra chave 4

mobilidade urbana

Palavra chave 5

Sustentabilidade

Descrição

O objeto desta pesquisa é o impacto das tecnologias disruptivas na mobilidade urbana devido, principalmente, aos veículos sem motorista e à mobilidade compartilhada. Com a adoção das tecnologias disruptivas, o objetivo geral é propor desenhos urbanos em função da redução da infraestrutura viária, visando a qualificação dos espaços públicos e a mobilidade urbana mais sustentável, de modo a fomentar os percursos a pé, de bicicleta, em transporte coletivo e em viagens compartilhadas, além de facilitar a intermodalidade dos deslocamentos. A adoção das tecnologias disruptivas também contribui para a redução de acidentes, para o aumento da mobilidade e da sua eficiência operacional, bem como para o favorecimento das pessoas que não dirigem, das que possuem limitações etárias, físicas ou motoras. Essas alterações vão impactar as cidades existentes e devem ser consideradas em projetos futuros, dentro de uma nova realidade. Sendo assim, os objetivos específicos consistem em: elencar as diretrizes para o redesenho urbano; estabelecer critérios para embasar a seleção do contexto urbano e da área de intervenção; selecionar e analisar parâmetros e indicadores de diferentes contextos urbanos; estimar a redução da infraestrutura viária; efetuar o levantamento da área de intervenção; analisar se as porcentagens de redução da infraestrutura viária obtidas nos levantamentos validam o intervalo anteriormente estimado, entre 15% e 25%; elaborar proposições para o cenário futuro e verificar se estas atendem aos objetivos inicialmente propostos. A hipótese é que o impacto das tecnologias disruptivas na mobilidade urbana, em função da redução da infraestrutura viária, tem potencial para inovações no desenho da cidade, visando a qualificação dos espaços públicos e a mobilidade urbana mais sustentável. O método é indutivo, por meio de levantamentos de dados secundários na literatura e em diferentes bases de dados, e dedutivo, por meio de proposições para o cenário futuro e os seus consequentes impactos no desenho urbano. Com essas proposições foi possível verificar que as porcentagens de redução da infraestrutura viária validam a estimativa inicial para o contexto local, sendo que a área liberada pela redução da infraestrutura viária – 21,8% na área foco, no distrito da Liberdade, em São Paulo, e 22,8% na área de referência, nos distritos da Bela Vista, da Liberdade, do Jardim Paulista e da Vila Mariana, em São Paulo – pôde ser convertida em outros usos, contemplando as principais diretrizes encontradas na literatura. Considerando-se os resultados obtidos, entende-se que os objetivos foram atingidos, bem como a hipótese comprovada, uma vez que as proposições demonstram o potencial de transformação do desenho urbano existente em prol da qualificação dos espaços públicos e de uma mobilidade urbana mais sustentável.

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