Mobilidade urbana sustentável e polos geradores de viagens : análise da mobilidade não motorizada e do transporte público
Tipo de publicação
Trabalho acadêmico (Tese de doutorado)
Curso ou área do conhecimento
Geografia
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
Priscilla Alves
Língua
Português
Abrangência geográfica
Nacional
País
Brasil
Ano da publicação
2015
Palavra chave 1
Integração intermodal
Palavra chave 2
mobilidade urbana
Palavra chave 3
Planejamento
Palavra chave 4
Políticas Públicas
Palavra chave 5
Sustentabilidade
Descrição
Ao observar o processo histórico e espacial de desenvolvimentos das cidades brasileiras, pode-se perceber que as ações foram planejadas como foco a circulação motorizada e individual (destaque para automóveis e motocicletas) em detrimento da mobilidade urbana não motorizada (pedestres e ciclistas) e do transporte público coletivo. O resultado desse processo são cidades com qualidade de vida prejudicada, onde são encontrados poucos espaços para a circulação não motorizada (a pé ou por bicicletas), longos congestionamentos, decadência do transporte público, aumento dos níveis de poluição, conflitos e acidentes de trânsito. Esse cenário repercute de forma negativa para a mobilidade urbana sustentável, pois os espaços passam a não ser acessíveis e não oferecem uma infraestrutura adequada e segura para os deslocamentos a pé, por bicicleta e por transporte público. Os Polos Geradores de Viagens (PGVs) são empreendimentos que se instalam na área urbana, e que na maioria das vezes, acabam por alterar a dinâmica da mobilidade urbana e acessibilidade da área de influência na qual os mesmos estão inseridos, comprometendo ainda mais a qualidade e a sustentabilidade da mobilidade urbana. A pesquisa tem como objetivo geral analisar, do ponto de vista quantitativo (Indicador de Mobilidade Urbana Sustentável – IMUS) e qualitativo (avaliação técnica e diagnóstica), as condições de infraestrutura viária oferecida aos modos não motorizados (pedestres e ciclistas) e transporte público, em áreas de influência (primária) de PGVs localizados em Uberlândia-MG. A metodologia utilizada envolve tanto uma pesquisa direta (coleta de dados obtidos por meio de pesquisa de campo e entrevistas semiestruturadas) e também pesquisa indireta com levantamento de dados em órgãos públicos e trabalhos acadêmicos. Os resultados confirmaram a hipótese levantada na tese de que as intervenções e ações que ocorrem nas áreas de influências de PGVs não levam em consideração as necessidades de infraestrutura e condições adequadas para uma mobilidade urbana sustentável e inclusiva, que considera de forma prioritária os modos não motorizados (pedestres e ciclistas) e o transporte público coletivo. Tanto na abordagem quantitativa (IMUS) quanto na qualitativa (avaliação técnica e diagnóstica) os resultados mostraram que as infraestruturas da mobilidade urbana nas áreas de influências dos PGVs analisados não atendem de forma satisfatória e segura dos deslocamentos a pé, por bicicletas e por transporte público, sendo, portanto, necessárias intervenções.