Descrição

Enfrenta-se uma época onde as cidades estão saturadas de veículos, observando-se
diariamente enormes engarrafamentos nos grandes centros urbanos, poluição sonora e
atmosférica, crescente aumento no número de acidentes com automóveis (fatais ou não) e
estresse dos usuários no trânsito (LACERDA; LOBO, 2007). Nesse contexto, o modal
cicloviário é visto como um elemento renovador e estruturador do trânsito, contribuindo para
revitalização deste, e melhora na qualidade de vida das pessoas (IEMA, 2010).
Políticas de mobilidade urbana e programas de investimento e incentivo ao uso da bicicleta
variam ao redor do mundo, evidenciando o espaço existente para a expansão e integração
da bicicleta como um meio de transporte eficiente dentro das cidades (LACERDA; LOBO,
2007). Nesse sentido, salienta-se no Brasil a Lei Federal nº 12.587 de 01 de janeiro de
2012, conhecida como Lei da Mobilidade Urbana, que determina aos municípios, com
população acima de 20 mil habitantes, a elaboração e execução de um plano de mobilidade
urbana, priorizando modais de transporte não motorizados e serviços públicos de transporte
coletivo eficientes (BRASIL, 2012).
É parte integrante do plano de mobilidade urbana da cidade de Canoas, o Plano Cicloviário
de Canoas (PDC), sob Lei Ordinária nº 5938 de 29 de julho de 2015, aonde consta que o
município tem por princípios fundamentados a promoção do acesso universal ao mesmo,
por meios de mobilidade urbana não motorizada (CANOAS, 2015a). Segundo informações
do Instituto Canoas XXI (responsável pela coordenação da implantação do PDC), existe
atualmente um desacordo entre o PDC aprovado em 2015 e o plano de mobilidade urbana
aprovado em 2016, sendo necessária a atualização destes materiais (FARIAS, 2016;
AQUINO, 2018).
A partir desta problemática, o presente trabalho procurou analisar a viabilidade de
implantação de vias cicláveis em duas avenidas da cidade de Canoas-RS, Av. Boqueirão,
Av. Dr. Sezefredo Azambuja Vieira e Rua Dona Rafaela, baseando-se em informações
obtidas através do estudo do PDC, aprovado em 2015, literatura complementar consultada,
realização de uma pesquisa de opinião com moradores e grupo de ciclistas do município, e
também na elaboração de seções de ciclovias e ciclofaixas para os trechos das avenidas
estudadas.