Descrição

Na Década de 70 do Século XX o Brasil procurou criar espaços preferenciais à circulação da
bicicleta de forma segura em nossas áreas urbanas. Durante algum tempo a construção de
ciclovias entrou na agenda das prefeituras do País. Elas foram implantadas em áreas livres
de parques; junto a leitos de rios e orlas marítimas; em canteiros centrais de avenidas. Ao
esgotar essas disponibilidades, no final da primeira década do Século XXI, as cidades
começaram a investir na criação de ciclofaixas e faixas exclusivas para o transporte coletivo.
Mais recentemente, mudanças de hábito em parcelas da juventude ocasionou acréscimo de
bicicletas nas vias das grandes cidades. Este fato fez com que técnicos, em Curitiba e no
Rio de Janeiro, buscassem outra infraestrutura à circulação segura de ciclistas. O espírito
criativo foi a centelha motivadora da criação das ciclorrotas. Esta comunicação técnica
apresenta o conceito deste novo tipo de arranjo na mobilidade urbana, assim como mostra a
experiência da criação de ciclorrotas em Curitiba.
Adiante-se que tal infraestrutura possui alguns atributos para sua configuração. Uma delas é
a presença no interior da rota ciclável de vias com tráfego local. Outra é o fato de nesta rota
ocorrerem conexões exclusivas, preferenciais, ou compartilhadas, à circulação de ciclistas,
tais como: uso de calçadas regulamentadas; travessias sobre canaletas ou vias exclusivas à
circulação do transporte coletivo; ultrapassagens de canteiros de vias, de passarelas de
pedestres e outras transposições de obstáculos encontrados nas áreas urbanas.