Atraindo compartilhamento de bicicletas para a periferia: possibilidades para a Região Metropolitana de São Paulo
Tipo de publicação
Artigo
Curso ou área do conhecimento
Arquitetura e urbanismo
Veículo
Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito 2019
Tipo de autoria
Pessoa Física
Nome do autor
Juliana Tiemi Tamanaha; Lucian De Paula Bernardi
Língua
Português
Abrangência geográfica
Municipal
País
Brasil
Estado
São Paulo
Município
São Paulo
Ano da publicação
2019
Palavra chave 1
Compartilhamento
Palavra chave 2
Economia
Palavra chave 3
Indicadores Sociais
Palavra chave 4
Periferia
Descrição
Desde 2012, São Paulo conta com um sistema de compartilhamento de bicicletas,
porém, nos últimos anos, novas operadoras entraram na concorrência. São Paulo segue
uma tendência: segundo o estudo publicado no Earth Policy Institute (apud Ferraz, Assis e
Hecksher, 2016), de 2011 a 2015 houve um crescimento de 150% em número de sistemas
de compartilhamento de bicicletas no mundo.
Apesar de ser uma ação positiva pela mobilidade urbana, as empresas e a Prefeitura
Municipal de São Paulo têm sido criticadas por duas importantes barreiras ao acesso: a área
de atuação restrita às “áreas centrais” ou de “alta renda”, e, o pagamento, que em geral é
por meio de cartão de crédito e tem ainda custo elevado. Enquanto as empresas são
criticadas por não procurarem superar estas barreiras, o poder público é criticado por não
gerar incentivos ou obrigações que façam estes serviços atingirem outras camadas da
população, na tentativa de reduzir as desigualdades da Região Metropolitana de São Paulo
(RMSP).
Harkot (2018), em artigo do site do LabCidade – Laboratório Espaço Público e Direito
à Cidade da FAUUSP, questionou: “A política pública municipal que incentiva o
compartilhamento das bicicletas exige que toda a cidade seja contemplada, mas, hoje,
apenas quem mora nas áreas mais ricas da cidade usufruem do serviço. Faz sentido
estimular esse tipo de atendimento, que privilegia quem já tem acesso farto ao transporte?”.
A pesquisadora afirma que embora a nota técnica da CET indicasse que o serviço estivesse
disperso por toda a cidade, não havia intenção de enfrentamento desta questão nas
empresas operadoras.