Descrição

Nas cidades brasileiras, propor e implementar políticas cicloviárias representa um desafio metodológico: como monitorar seus efeitos e consequências? Como considerar e compreender, no planejamento e no monitoramento, as especificidades deste modo: as motivações diversas para as viagens, a variabilidade de volumes nas vias e a diversidade nos horários do dia, os padrões mais cursos dos deslocamentos cotidianos?

Uma forma comum de descrever o uso das bicicletas é por meio da extensão da rede cicloviária (em quilômetros), informação que as prefeituras geralmente utilizam para medir os avanços em suas políticas. No entanto, este parâmetro é insuficiente. As contagens de ciclistas, empregadas em algumas cidades brasileiras há mais de uma década, são uma ferramenta útil e de baixo custo, que pode auxiliar no processo de monitoramento das políticas.

Como contribuição para o aprimoramento das práticas de contagens no Brasil, o ITDP Brasil apresenta o relatório “Contagens de ciclistas: recomendações técnicas e de monitoramento”, que descreve experiências, vantagens e limitações desta ferramenta. O trabalho explora finalidades, tecnologias e boas práticas de contagens no Brasil e no mundo.

“As contagens são uma ferramenta bastante flexível: podem servir para medir o impacto de uma determinada infraestrutura cicloviária ou para aferir a divisão modal de uma cidade ou região; podem ser realizadas com tecnologias sofisticadas como câmeras com sensores térmicos ou com uma planilha de papel e caneta. As cidades brasileiras tem uma boa experiência de utilização desta ferramenta e o objetivo do trabalho é apresentar novas possibilidades de utilização das contagens com a perspectiva de monitoramento das políticas de cicloviárias”, afirma Thiago Benicchio, Gerente de Transportes Ativos – Mobilidade por Bicicleta do ITDP Brasil.