Descrição

Historicamente, o cicloativismo vem lutando por uma transformação nas formas como as pessoas se relacionam com a/na cidade, confrontando principalmente o modelo de sociedade estruturado em torno da cultura do automóvel. Antes do Plano Diretor Cicloviário Integrado (PDCI) de Porto Alegre ser aprovado em 2009, alguns ciclistas e ativistas já demandavam políticas públicas cicloviárias ao Poder Público. A ocorrência do evento Massa Crítica na cidade, a partir de 2008, e o atropelamento coletivo sofrido em 20 li deram início a um debate público dando maior visibilidade ao tema . O estudo parte da seguinte pergunta: Como os atores ela rede cicloativista atuam no processo de construção da agenda política de mobilidade de Porto Alegre? A dissertação argumenta que no momento em que a rede cicloativista da cidade percebe uma abertura com o’destaque na mídia e na sociedade, essa rede de atores se complexifica, resultando em diferentes formas ele organização (constituição ele novas organizações formais) e atuação (participação institucional, qualificação e proposição). Através elo método ele reconstrução de processos, o uso de entrevistas semiestruturadas com atores referenciais no âmbito da rede cicloativista e atores estatais, análise de documentos e levantamento de notícias, analisa-se como os atores da rede cicloativista atuaram nos diferentes fluxos propostos no Modelo de Fluxos Múltiplos de Kingdon (2014) no processo de construção da agenda política ode mobilidade de Porto Alegre. Destaca-se que o enfoque desta pesquisa não está nas mudanças, efeitos ou resultados provocados pela rede cicloativista na implementação de políticas públicas. O objetivo principal aqui é de analisar como essa rede atua nos diferentes fluxos na tentativa de colocar o tema do uso da bicicleta na agenda política