A bicicleta que tinha bigodes : para uma (re)significação de Angola através da leveza do olhar infantil

Tipo de publicação

Trabalho acadêmico (Dissertação de Mestrado)

Curso ou área do conhecimento

LETRAS

Tipo de autoria

Pessoa Física

Nome do autor

Seidl, Surian

Língua

Português

Abrangência geográfica

País estrangeiro específico

País

Angola

Ano da publicação

2013

Palavra chave 1

Infância

Palavra chave 2

Infantil

Palavra chave 3

Outra

Palavra chave 4

RESSIGINIFICAÇÃO

Descrição

Este trabalho de pesquisa investiga a obra A Bicicleta que tinha bigodes (2011), do escritor angolano Ondjaki, no intento de analisar como ele configura o ato de narrar histórias baseado na dimensão da memória, mesclando elementos autobiográficos e ficcionais. A recuperação do passado, presente em suas obras, centra-se na afirmação do ponto de vista da infância. A partir desse olhar subjetivo, a história recente – a guerra civil, o pós-guerra – é trazida à tona de forma leve, poética e onírica. Com uma linguagem oralizada, o escritor permite ao leitor um contato muito próximo com as vivências provocadas pelo narrador, que pode ser aproximado a um contador de histórias. No entanto, essa presença em Ondjaki não está ligada a uma visão exótica de Angola, presa a uma ancestralidade e a uma tradição fixa. Seus narradores são urbanos, convivem com espaços da escrita e outras linguagens e mídias. É nesse viés que letra e voz vão tecendo os fios da narrativa através das lembranças da infância. Nessa forma de narrar os encaminhamentos do pós-guerra em Angola percebe-se que, além da dor – já instaurada há muito tempo em seu povo –, também existe a alegria.

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